‘Temos que contar com a possibilidade de ter mais destruição nas próximas horas’, diz vice-governador do RS

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), em entrevista à Globonews, afirmou que o estado pode contar com novos desastres nas próximas horas. “Temos que contar com a possibilidade de ter mais destruição”.

O sul do país amanheceu sob alerta máximo para inundações severas no Vale do Taqueri, por exemplo, e o lago Guaíba pode atingir 5,5 metros nas próximas 48 horas, ultrapassando o pico de 5,3 metros do último dia 5.

No último domingo, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) emitiu um alerta de risco muito alto riscos hidrológicos e geológicos no Rio Grande do Sul. Os avisos referem-se as possíveis consequências das fortes chuvas, sejam elas hidrológicas – como inundações e alagamentos – ou geológicos, como deslizamentos de terra e desabamentos.

“O Rio Grande do Sul teve a sua infraestrutura, no que tange a pontes; rodoviais estaduais, federais, concedidas ou não concedidas, municipais; estradas do interior […]; escolas; quarteis da brigada militar; delegacia da polícia civil; comandos do corpo de bombeiro; hospitais. Uma infraestrutura inteira, que foi construída durante muitas décadas, e agora precisam ser reconstruída. Não estamos falando de obras novas”, disse o vice-governador.

Para isso ser feito, Souza afirmou ser necessário dois pontos: repasse de recursos do governo federal e uma flexibilização no pagamento da dívida do estado com a União.

No primeiro aspecto, por exemplo, o governo anunciou na última quinta-feira a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, do auxílio gás, e da restituição do imposto de renda para moradores do estado.

Quanto ao segundo ponto, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB) deve se reunir virtualmente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para abordar o assunto. A dívida do Rio Grande do Sul com a União é de cerca de R$ 90 bilhões.

“Precisamos que haja uma folga no pagamento da dívida, pelo menos até o final do mandato. Não podemos ter seis meses de suspensão da dívida, porque é evidente que eu não consigo resolver todos esses problemas [nesse período]”, declarou o vice-governador.
Segundo a colunista Ana Flor, os números da Secretaria da Fazenda do Estado estimam que, com o prazo de 2 anos sem pagar as parcelas da dívida, por exemplo, se abrem R$ 8 bilhões para o estado destinar à reconstrução.

Fonte: g1

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