‘Prévia’ do PIB do Banco Central tem alta de 1,08% no 1º trimestre, maior expansão em um ano

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O Banco Central informou nesta quarta-feira (15) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 1,08% no primeiro trimestre deste ano.

O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três últimos meses de 2023.

O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra aceleração da economia brasileira. Isso porque, no quarto trimestre de 2024, o IBC-BR teve estabilidade (pequena alta de 0,03%).

O crescimento do IBC-Br no 1º trimestre 2024 foi o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2023, quando houve um crescimento de 2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 4 de junho.

Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.

Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE.

Em março, o governo federal elevou sua estimativa oficial de alta do PIB para 2,2% neste ano.

Também em março, o Banco Central projetou uma taxa de expansão do PIB de 1,9% em 2024.

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Mês de março

De acordo com o Banco Central, em março deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma retração de 0,34%. Com isso, houve piora na comparação com fevereiro, quando o indicador teve crescimento de 0,34%.

Essa também foi a primeira queda desde outubro do ano passado, quando houve marginal recuo de 0,01%, e foi o maior tombo mensal desde agosto de 2023 (-0,54%).

Na comparação com março de 2023, a chamada prévia do PIB do BC teve retração de 2,18% (sem ajuste sazonal).

Ainda segundo o Banco Central, o IBC-Br apresentou crescimento de 1,04% na comparação com os três primeiros meses de 2022. E, em 12 meses até março, a expansão foi de 1,68%. Nesses casos, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.

Atividade tem surpreendido

O ritmo do crescimento da atividade econômica tem surpreendido os analistas no Brasil.

Na semana passada, o mercado estimou que o PIB de 2024 terá crescimento de 2,09%.

No começo deste ano, a projeção dos analistas para a expansão econômica era menor: de 1,55%.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta semana, o BC avaliou que, ao longo dos últimos trimestres, os dados de atividade econômica surpreenderam, com maior crescimento em diferentes componentes da demanda (procura por bens e serviços pela população).

“Ressaltou-se a resiliência da atividade doméstica e a sustentação do consumo ao longo do tempo, em contraste com o cenário de desaceleração gradual originalmente antecipado pelo Comitê”, avaliou o Banco Central.

Por fim, o BC concluiu que a “atividade revela-se de fato mais forte ao longo do ano”.

PIB X IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.

O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria mais pressão inflacionária, o que poderia contribuir para conter a queda dos juros.

Atualmente, a taxa de juros básica está em 10,5% ao ano, após o BC realizar sete cortes seguidos nos juros. A instituição não forneceu indicação sobre o que poderá acontecer na próxima reunião do Copom, em 18 e 19 de junho.

Fonte: g1

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