Foram nove meses de espera, para além do período semelhante de gestação, para Zé Vaqueiro levar para casa seu caçula, Arthur. Mas a experiência de ter o filho em casa durou pouco. O bebê, que estava internado em um hospital desde que nasceu por ter síndrome de Patau — uma doença genética que interfere no sistema nervoso, cardíaco e na formação dos lábios —, teve alta na última quinta-feira (16), mas voltou a ser internado no dia seguinte, sexta (17). Zé chegou a dividir com os seguidores como foi o encontro da criança com o irmãozinho Daniel, de três anos. O vídeo emocionou o artista e os fãs.
— Meu filho é um safado, bonito e cheiroso — derrete-se o cantor, em entrevista ao EXTRA.
Desde que descobriu o diagnóstico de Arthur, o forrozeiro viveu muitas dúvidas e incertezas ao lado da esposa, Ingra Soares. O casal se apegou à religião para superar as expectativas e aflições.
— Hoje, sabemos lidar muito melhor. Mas ficamos mexidos com tantas incertezas. A gente faz muita oração, pedimos a Deus por paciência, maturidade e sabedoria para transmitir o amor que ele merece. As crianças perguntavam quando Arthur viria para casa. Principalmente o mais novinho. E eu sempre dizia: “logo, logo” — diz Zé.
Nesse período, o cantor também tem feito promessas. Uma delas, foi parar de beber. De quebra, isso também ajuda numa rotina puxada, como a que está por vir com o São João.
— Estou sem beber e pretendo não voltar mais. Eu estava me afastando dos meus propósitos. Eu conversei com Deus e veio forte no meu coração. Foi uma mudança na minha vida e tem significado muito.
Agenda cheia
O São João está quase batendo na porta e, por isso, já lotou a agenda de Zé Vaqueiro. Entre junho e julho, o pernambucano, de Ouricuri, já tem 57 shows confirmados Nordeste afora. A preparação prévia é de atleta.
— São muitos shows, realmente. Só que é muito gostoso. Já tem uns cinco meses que eu estou focado na academia, na minha alimentação. Esse período exige muito esforço físico e disciplina. É uma correria e bate um cansaço grande. Mas tudo tem um propósito. Estou com um DVD grande para lançar e vou levar alegria para o povo — diz o cantor, de 25 anos, que acaba de lançar a parte um de “Ser tão eu”.
Dessa vez, os deslocamentos serão feitos todos de ônibus. Em março, Zé estava no jatinho de Xand Avião, que acabou sofrendo uma pane e, por pouco, não precisou fazer um pouso de emergência.
— Fiquei com um pouquinho de pânico depois disso. Principalmente, quando o avião vai decolar ou pousar. Mas, para cumprir a agenda, tem shows que só consigo chegar de avião. Então, faço esse esforço e vou pedindo ajuda a Deus. O São João vou fazer praticamente todo de ônibus, mas acho bom, porque nele eu durmo bastante (risos).
Para ficar tanto tempo na estrada, também é necessário negociações dentro de casa.
— Quando volto para casa, quero dar atenção à minha esposa e meus filhos. Não fico os 57 shows direto. Já tenho datas separadas com intervalos com minha família. E, claro, estou sempre ligado em qualquer emergência.
