Após horas de julgamento, a policial militar de São Paulo, Waldireni Araújo da Silva, e seu irmão, Salustiano Araújo da Silva, que eram acusados de assassinar o próprio tio, Antônio Castro Araújo, em 2013 na cidade de Tanque D’Arca, foram absolvidos do crime..
O Júri Popular, presidido pelo juiz José Braga Neto, aconteceu na sexta-feira (24), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro de Barro Duro. O promotor de Justiça, Edelzito Andrade, foi o responsável pela acusação.
Os irmãos eram acusados de assassinar o fazendeiro e tio, Antônio Castro de Araújo em oito de março de 2013. A motivação teria sido disputa de terras. O fazendeiro foi morto a pauladas, golpes de faca e facão.
Um dos momentos mais emocionantes foi o depoimento do filho do fazendeiro, Antônio Filho, que relatou, em meio a lágrimas, que foi a primeira pessoa a encontrar o pai sem vida. Ele contou que o corpo pai foi localizado com um pau introduzido à boca e, em um momento de desespero, acabou arrancando o objeto antes da perícia chegar ao local.
Em depoimento, a ré chorou em alguns momentos, demostrando arrependimento. Em sua defesa, Wladireni Araújo alegou que o caso foi legítima defesa uma vez que seu tio queria furar Salustiano Araújo com uma faca e em um certo momento ela mordeu o nariz de Antônio Araújo enquanto seu irmão o esfaqueava para se defender.
Após as falas e depoimentos, o Conselho de Sentença reconheceu a legítima defesa e os réus foram absolvidos.
Este era o segundo julgamento, que aconteceu 11 anos após o crime. Em 2017, eles passaram pelo primeiro julgamento e foram condenados. Contudo, a defesa interpôs recurso de apelação com pedido de desaforamento. Após análise, a Câmara Criminal do TJ/AL anulou o Tribunal do Júri sob o argumento de parcialidade dos jurados. Assim, os réus serão submetidos a novo julgamento em Maceió.
Após 11 anos, PM de São Paulo e irmão serão julgados pelo assassinato de tio em Alagoas