A naja é uma serpente venenosa da família dos elapídeos, conhecida pela alta toxicidade e a capacidade de espalhar uma membrana de pele na região do pescoço quando se sente ameaçada, formando assim uma espécie de capuz, o que lhe confere uma aparência distintiva. As najas são encontradas principalmente na África e na Ásia e são responsáveis por muitos casos de envenenamento e morte em humanos.
Um filhote de naja desapareceu do laboratório de pesquisas do Instituto Butantan, localizado na zona oeste de São Paulo, há três semanas. No entanto, o sumiço do réptil não parece ter preocupado o diretor cultural do instituto, Giuseppe Puorto.
De acordo com o instituto, uma força-tarefa foi organizada para investigar o paradeiro da cobra, mas nenhum registro dela foi encontrado em qualquer parte do laboratório de herpetologia do Butantan, que fica afastado da área de visitação pública, composta pelo Parque da Ciência e pelos museus.
Puorto afirmou que “do ponto de vista de segurança, podemos ficar tranquilos”, pois o laboratório está situado em um parque onde há predadores de cobras.
“Isso nos leva a crer que a cobra está no ralo. E dentro do ralo, ela pode ter morrido? Pode. Ela pode ter saído? Pode. Mas existem predadores naturais no parque do Butantan. Quem pode comer cobras? Temos corujas e gaviões que vivem aqui. Temos também gambás que se alimentam de cobras venenosas e teiús, lagartos que são comuns na área. Ou seja, do ponto de vista de segurança, podemos ficar tranquilos”, disse Puorto.
O laboratório de onde a naja desapareceu tem acesso restrito a profissionais e pesquisadores e fica distante da área de visitação pública. A direção do Butantan informou que analisou as câmeras de segurança para garantir que o animal não havia sido roubado, mas nenhuma imagem da naja fora do laboratório foi encontrada.