O saldo da geração de empregos dos trabalhadores da saúde no Brasil, em 2023, correspondeu a 106.610. Foram admitidos 1.061.775 e desligados 955.165. O ano passado fechou com 2.853.403 profissionais da saúde. Em Alagoas, neste mesmo período, foram admitidos 5.271 e desligados 5.591, ou seja, 320 profissionais da saúde perderam seus empregos. No Estado, o número de postos de trabalho formais corresponde a 24.161, dado referente a dezembro de 2023.
Os números foram divulgados pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) que tem, entre as entidades filiadas, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas (Sindhospital AL). O documento intitulado “Boletim Mercado de Trabalho da Saúde” é resultado de uma iniciativa da Diretoria de Relações do Trabalho e Sindical da CNSaúde que analisou os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
A análise foi realizada em âmbito nacional e por estado, mais o Distrito Federal. O levantamento permite quantificar a criação de novos empregos, além de analisar informações sobre o perfil dos trabalhadores formais da saúde, como escolaridade, idade e sexo.
No Brasil, sobre o número de postos de trabalho formais, a saúde é o terceiro maior setor econômico em número de postos de trabalho, acima de setores como a construção civil (2.748.069), transporte (2.699.040) e agricultura (1.785.470).
Conforme o boletim, é incontestável a predominância de mulheres no setor saúde. No Brasil, elas representam cerca de 76%. As atividades relacionadas à saúde representam cerca de 6,5% do total de ocupações no território nacional, ou seja, 1 a cada 15 empregos no país.
Dados locais
Em Alagoas, conforme o boletim, sobre o saldo da geração de emprego no setor saúde, por grau de instrução, foi negativo com os seguintes números: fundamental completo (- 70); superior completo (- 69); médio completo (- 63); médio incompleto (- 54); fundamental incompleto (- 34); superior incompleto (- 22) e analfabeto (- 8).
Quanto ao saldo da geração de emprego no setor saúde por faixa etária, no Estado, o resultado foi o seguinte: até 17 anos (38); 18 a 24 anos (402); 25 a 29 (107); 30 a 39 (- 359); 40 a 49 (- 249); 50 a 64 (- 225); 65 ou mais (- 34).
No acumulado janeiro/dezembro 2023, o posto de trabalho que mais sofreu impacto com 247 desligamentos foi o de técnicos de enfermagem, seguidos dos enfermeiros (70), auxiliar de enfermagem (16) e instrumentador cirúrgico (1).
Para o presidente do Sindhospital, Erivaldo Cavalcante Júnior, as demissões aconteceram em decorrência de algumas situações, a exemplo do aumento de insumos e tabelas congeladas. “A manutenção dos estabelecimentos de saúde requer uma quantia volumosa e muitos estabelecimentos de saúde são levados a demitir para conseguir manter o pagamento dos fornecedores e dos funcionários”, comentou Erivaldo.