O suspeito de matar o funcionário de uma concessionária de Belo Horizonte disse à polícia que o crime foi motivado por vingança. Marcelio Lima de Barros, de 57 anos, foi preso em flagrante, nesta terça-feira (28), depois de assassinar Alexander dos Santos Queiroz, de 40 anos, com vários tiros, em uma agência de carros, na Região da Pampulha.
Segundo o boletim de ocorrência, o homem fugiu após a execução. Ao ser encontrado pelos policiais na Avenida Pedro I, ele contou que, em 2022, levou um automóvel para um conserto no estabelecimento, onde foi atendido pela vítima, que orçou o serviço em R$ 3 mil.
Na semana seguinte, o veículo apresentou um novo problema. O suspeito, então, voltou à concessionária, mas teve um desentendimento com o vendedor.
Ainda de acordo com o documento, ele foi até outra oficina e pagou mais R$ 2,5 mil para fazer os reparos necessários, o que gerou um gasto total de R$ 5,5 mil.
Com o passar do tempo, alegando estar desempregado e não conseguir um trabalho, o homem contou que ficou revoltado e decidiu se vingar da vítima, por acreditar que o carro dele foi danificado de forma proposital.
Vários disparos
Conforme o registro policial, dentro do carro do suspeito foi encontrada uma pistola semiautomática, que teria sido usada no crime, e uma faca. O homem assumiu que comprou a arma em um clube de tiro e, há cinco dias, raspou a numeração dela.
Uma equipe de perícia da Polícia Civil (PC) esteve na concessionária e constatou que a vítima sofreu múltiplos disparos na cabeça e nas costas. O corpo foi recolhido pelo rabecão e levado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital.
O que diz a concessionária
Em nota, o Grupo Lider, proprietário da Concessionária Mila, afirmou que se solidariza com os familiares e amigos do colaborador Alexandre Santos Queiroz.
A empresa também disse que o funcionário era de longa data e “sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas”, negando um possível desentendimento entre o suspeito e a vítima.
“Sobre o autor dos disparos, cujo nome consta nas investigações e no boletim de ocorrência, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta. Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato estão colaborando com as investigações”, concluiu.