Garotos de programa investigados por ameaçar e extorquir dinheiro de clientes após encontros foram alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (6). Até o momento, quatro pessoas foram presas.
Como era o golpe? Após encontros, marcados por meio de um site especializado, o grupo passava a chantagear as pessoas com ameaças de exposição de dados bancários, pessoais, fotos e vídeos, além de ameaças de contar os casos para as famílias, segundo a investigação.
Alguém foi preso? Sim, quatro pessoas foram presas (três homens garotos de programa) e uma mulher, que não era garota de programa e foi indiciada por extorsão e associação criminosa, já que recebia em sua conta bancária o dinheiro extorquido das vítimas. Todos estavam em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Quem são os presos? Fábio dos Santos Pita Junior, conhecido como Pedro Dominador e apontado como chefe da quadrilha; Ronaldo da Silva Gonçalves, que cuidava da movimentação financeira; Carlos Henrique da Silva Paixão, que captava as vítimas e fazia ameaças; e Cynara Ferreira da Silva, mãe de Carlos Henrique, que emprestava a conta bancária para o recebimento dos valores. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos presos até a publicação deste texto.
Quais crimes eles podem responder? Extorsão e associação criminosa, segundo a polícia.
Como e quando a investigação começou? Há um mês, após uma vítima procurar a delegacia e denunciar que estava sendo chantageada, segundo a investigação.
Quantas vítimas já foram identificadas? Cinco, até o momento. Uma delas disse que foi obrigada a dar R$ 73 mil a um dos integrantes da quadrilha.
Qual foi prejuízo das vítimas? A polícia estima que a quadrilha tenha lucrado mais de R$ 100 mil com as extorsões. O valor do prejuízo, no entanto, ainda está sendo calculado.
Como eram as ameaças? O g1 teve acesso a uma mensagem com ameaças enviada a uma das vítimas. O texto dizia: “Vou resolver (tudo) com o seu pai como sujeito homem. Vou falar com o seu pai que estávamos namorando e ficando e ele vai resolver (pagar). Se tu não resolver, ele vai pagar. Vou mandar fotos e vídeos, porque eu gravei tudo. Olha aí, veja se esse não é o teu pai. Acho bom você me responder. Vou te dar 30 minutos para você pensar”.
Vida de luxo e ostentação
Apontado pela polícia como o chefe da quadrilha, Pedro Dominador gostava de ostentar uma vida de luxo nas redes sociais.
Em algumas fotos, ele aparecia em hotéis de luxo, restaurantes caros e em carros importados, como uma BMW X1 avaliada em R$ 400 mil. Na legenda de algumas fotos, ele se apresentava como empresário.