Caso Anthony Levy: Acusado de matar filho envenenado é indiciado por homicídio qualificado

Cortesia

Pai descarta frasco com veneno dentro de unidade de ensino

A Polícia Civil de Alagoas enviou à Justiça o inquérito policial sobre a morte do menino Anthony Levy do Nascimento, de apenas quatro anos, que passou mal no CMEI Paulo Freire, no Sítio São Jorge, após ser envenenado pelo próprio pai, de 23 anos.

Após a conclusão do inquérito, a PC/AL indiciou o acusado por homicídio qualificado praticado contra menor de 14 anos.

A lei 14.344/2022, em que o acusado foi enquadrado, é conhecida como Henry Borel, em menção ao garoto assassinado aos quatro anos de idade pelo padrasto, o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, no ano de 2021.

O processo foi remetido à Justiça na segunda-feira, 10. Segundo os autos, a 14ª Vara Criminal da Capital, comandada pelo juiz Caio Nunes de Barros, será a encarregada de processar e julgar o acusado pelos crimes praticados contra a criança. O processo também foi enviado ao Ministério Público de Alagoas para conhecimento do caso.

Caso Anthony Levy: PC ouve diretora e funcionárias de creche

PC prende acusado de envenenar criança que morreu após passar mal em creche

Entenda o caso

No dia 27 de maio deste ano, o garoto, Anthony Levy passou mal no CMEI Paulo Freire, no Sítio São Jorge, onde estudava. Ele foi levado a uma unidade de saúde, mas acabou morrendo.

Após depoimentos e análise das câmeras de segurança da unidade de ensino, a PC/AL descobriu que a criança havia sido assassinada pelo próprio pai.

Durante a oitiva, o acusado confessou o crime e relatou que o homicídio teria sido motivado por vingança à ex-mulher, da qual está separado há seis meses.

Ele contou ainda que comprou o raticida em uma loja do Jacitinho dias antes do crime e colocou o veneno no prato de mingau que a avó da criança havia preparado de café da manhã para o menino. Logo depois ele deixou o menor na creche e descartou o frasco no local, possivelmente, para tentar despistar seu envolvimento com o crime.

Em posse das imagens de segurança da creche, outra coisa chamou atenção. Normalmente o pai deixava o menino no portão da instituição, mas desta vez resolveu acompanhá-lo até a porta da sala de aula, momento em que também se aproveitou para descartar a embalagem próxima ao local onde os alunos brincam.

O elemento passou por audiência de custódia e a Justiça alagoana manteve sua a prisão preventiva.

Matéria baseada no processo de número 0700992-42.2024.8.02.0067.

Pai matou filho envenenado em vingança por separação da mulher, afirma PC

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos