Uma idosa de 80 anos procurou a Defensoria Pública do Piauí, em Teresina para denunciar a violência patrimonial que sofreu do próprio filho. Ele fez vários empréstimos consignados no nome da mãe, sem que ela soubesse, em um valor superior a R$ 80 mil. Quando a idosa percebeu os descontos bancários no pagamento de sua aposentadoria, o filho mudou-se para outro estado.
O Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa é celebrado nesta quinta-feira (15). A data foi instituída em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar atenção à existência de violações dos direitos dos idosos e divulgar formas de denunciá-las e combatê-las.
Segundo a defensora pública Sara Melo, titular da 1ª Defensoria Pública do Idoso, o filho da idosa era seu representante legal e tinha procuração para atuar em nome da mãe. Ela sequer tinha acesso aos extratos de sua conta bancária, pois confiava tudo ao filho.
“O benefício de aposentadoria começou a vir com um valor menor, ela perguntava ao filho e ele não se explicava. Até que um dia, desconfiada, a idosa chamou a outra filha e elas descobriram, na agência bancária, os empréstimos consignados que tinham sido feitos no nome dela”, conta a defensora ao g1.
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A idosa buscou ajuda depois que o filho parou de atendê-la e foi embora para o Pará. A vítima de violência patrimonial não podia bloquear ou excluir os descontos porque o homem tinha autorização legal para atuar no nome dela.
De acordo com Sara Melo, a Defensoria Pública solicitou uma indenização por danos materiais e morais, ainda que haja uma certa “dificuldade” para encontrar o homem no Pará. A ação está em andamento na Justiça.