A atriz Lúcia Veríssimo usou suas redes sociais neste domingo (16) para relatar um incêndio de grandes proporções ocorrido em sua fazenda localizada no município de Chiador, em Minas Gerais. Segundo ela, na madrugada de sábado, homens invadiram sua propriedade e, ao fugirem, jogaram uma guimba de cigarro na mata, que estava seca.
Segundo a atriz, não há Corpo de Bombeiros na cidade em que está localizada sua fazenda. Militares do quartel mais próximo, que fica em Juiz de Fora, a 80 km, foram acionados, mas, devido à distância, levaram três horas para chegar ao local.
Enquanto o socorro não chegou, Lúcia e um funcionário tentaram controlar as chamas e, durante o processo, respiraram muita fuligem e fumaça. “Já fui atendida, fiquei no oxigênio, meu esôfago está todo machucado. Meu empregado também”, contou ela na postagem feita.
Lúcia aproveitou para agradecer o atendimento do Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora. “Não sei o que seria da fazenda e de mim se eles não tivessem vindo. Eles conseguiram segurar, mas metade da fazenda está queimada”, relatou. “Eles subiram morros imensos e entraram na floresta que ardia em chamas altíssimas. Eles são verdadeiros heróis”.
Segundo a artista, sua fazenda tem 45% de mata virgem de Mata Atlântica. “Guardo com todo carinho e respeito. Tenho um cuidado imenso com o meio ambiente e proíbo de entrarem aqui para caçar, pescar”, contou.
Lúcia frisou que sua postagem tinha o objetivo de alertar para os riscos de balões e guimbas de cigarro durante períodos de seca, como no inverno. “Estou falando isso para atentar à irresponsabilidade das pessoas, que não só invadem a sua casa, como jogam guimba de cigarro numa seca, sabendo o que vai acontecer”.
O gshow entrou em contato com a atriz e o Corpo de Bombeiros, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
Modelo sustentável
Em seu site oficial, Lúcia informa que seu projeto é transformar sua fazenda em modelo de desenvolvimento sustentável. Segundo ela, em suas terras, não são criados animais de engorda. “Lá os animais morrem de velhos. Como não como carne, se tenho algum convidado que queira carne de frango, mando comprar na casa do vizinho”.
Na fazenda, há gado leiteiro bovino e caprino, cavalos, apiário e aves, como galinhas, pavões, patos e cisnes. “O forte da fazenda é plantio. Feijão, milho, abóbora, hortaliças e frutas”.
No relato no site, a atriz conta que a ração dos animais é totalmente balanceada, administrada por veterinários e feita na própria fazenda. E o plantio é feito com adubo orgânico. “Nenhum animal recebe alimento que não seja orgânico. Também não usamos ordenha mecânica em nossos currais e cada vaca é chamada pelo próprio nome e ordenhada, após seu bezerro refugar”, conta.
“As vacas e animais de postura que não mais produzem, não são vendidos para o abate, são mantidos em pastos especiais, os quais chamamos de asilos e lá continuam recebendo alimento e trato normalmente até o final natural de suas vidas”.
Seus funcionários são proibidos de terem animais presos, inclusive pássaros. Já os cães e gatos, seus e de seus empregados, devem ser castrados e recebem o mesmo tratamento de vacinas e vermífugos.