Justiça eleitoral condena Lula e Boulos por propaganda antecipada em ato do 1° de Maio em SP

Ação foi movida pelo Partido Novo. Durante evento na capital, presidente classificou a eleição deste ano como 'verdadeira guerra' e pediu para que seus eleitores votarem no deputado do PSOL. Presidente deverá pagar multa de R$ 20 mil, e deputado federal, R$ 15 mil. Cabe recurso.

O presidente Lula (PT) e o pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), foram condenados pela Justiça eleitoral ao pagamento de multas por propaganda antecipada.

O juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do Tribunal Regional Eleitoral de SP, determinou o pagamento de R$ 20 mil para o presidente Lula (PT) e R$ 15 mil para o deputado federal Guilherme Boulos.

Ricardo Stuckert/Presidência da República

Lula e Boulos

A ação foi movida pelo Partido Novo, uma das legendas que acionou a Justiça contra a fala de Lula durante evento de 1º de Maio, no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.

Na ocasião, o presidente classificou a eleição deste ano em São Paulo como “verdadeira guerra” e pediu para que seus eleitores votem no deputado na disputa para a Prefeitura da capital paulista.

No dia 2 de maio, por determinação judicial, o vídeo foi retirado da página de Lula no YouTube.

Reprodução

Justiça eleitoral manda remover vídeo em que Lula faz pedido de votos a Boulos durante ato do 1º de Maio

A legislação eleitoral impõe restrições à propaganda na chamada pré-campanha e proíbe pedido de voto.

g1 entrou em contato com a assessoria do presidente Lula e aguarda retorno. Em nota, a assessoria de Guilherme Boulos afirmou que irá recorrer da decisão.

“A pré-campanha irá recorrer da decisão do TRE-SP. O prefeito Ricardo Nunes, ele sim, tem usado a máquina pública para promoção pessoal. Nunes é alvo de duas representações do PSOL por uso da máquina pública e campanha eleitoral antecipada. As ações citam reportagens veiculadas pela imprensa envolvendo o uso de servidores para compor claque de apoio a Nunes em eventos custeados pela prefeitura, bem como falas do prefeito usando eventos custeados pela prefeitura insinuando a necessidade de sua própria reeleição e fazendo ataques ao deputado Guilherme Boulos”.

Fonte: g1

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