A diplomacia brasileira avalia que a tentativa de golpe na Bolívia, que ocorreu na quarta-feira (26), será o “grande tema” do encontro dos chefes de estado do Mercosul, no Paraguai, em julho.
Para embaixadores, o assunto deve permear o debate da reunião e certamente será citado pelo Brasil.
Além da tentativa de rompimento da democracia, a Bolívia assinou o protocolo de adesão de entrada no bloco e tem quatro anos para adotar as normas do Mercosul. Em julho, o país participa como convidado na reunião em Assunção.
Apesar de brasileiros que moram na Bolívia relatarem à CNN que houve uma corrida aos bancos para saques de dinheiro, integrantes do Itamaraty disseram que não houve nenhum comunicado oficial para a comunidade brasileira no país.
Com a prisão do general Juan José Zúñiga, apontado como o líder da tentativa golpista, diplomatas brasileiros esperam que esta quarta-feira (27) seja um dia de mais tranquilidade.
A embaixada vai monitorar o desdobramento das investigações sobre a participação de outras autoridades no movimento antidemocrático.
Após a tentativa de golpe, Lula convocou uma reunião de emergência com diplomatas e resolveu manter a viagem a Santa Cruz de La Sierra, centro financeiro da Bolívia.
Lá, o presidente brasileiro terá uma reunião bilateral com o chefe de Estado boliviano, Luís Arce.