Abel Ferreira emitiu um comunicado nesta sexta-feira (12) e se desculpou pela fala preconceituosa em entrevista coletiva na última quinta-feira (11) após a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Atlético-GO pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Após o triunfo no Allianz Parque, ao analisar os encaixes da equipe alviverde, o treinador utilizou a expressão ‘time de índios’, fazendo alusão à desorganização.
“Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Devemos todos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpa a todos e, em especial, as comunidades indígenas”, escreveu o treinador.
O QUE DISSE ABEL FERREIRA?
Abel Ferreira começou elogiando as qualidades de Aníbal Moreno, jogador pedido à diretoria. Em seguida, o português falou sobre a liberdade criativa e disparou a expressão preconceituosa pra ressaltar a organização que prega à equipe.
“Aníbal tem uma dinâmica muito boa e por isso queríamos muito esse jogador. A direção não conseguiu trazer quando precisávamos, porque não dava. Foi quando nós conseguimos e ainda bem em boa hora que nós o trouxemos. Eu diria que ele é o equilíbrio, o pêndulo da nossa equipe. Dá confiança para aqueles quatro, cinco, seis chegaram à área, e ele com o Vitor (Reis) hoje e o Gómez, e o Rocha ou Mayke, puderem equilibrar a equipe a dar liberdade aos da frente para atacar.”
“Porque isso não é uma equipe de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipe a jogar”, acrescentou.
Logo após a coletiva, Abel Ferreira já havia emitido uma nota oficial após a coletiva de imprensa para se desculpar pela expressão equivocada.
“Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, as minhas condutas e as minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio por completo toda forma de preconceito.”