O presidente Joe Biden apelou aos americanos neste domingo (14) para “baixarem a temperatura” na política após a tentativa de assassinato de Donald Trump, seu provável oponente nas eleições de novembro. Em um discurso à nação, Biden enfatizou que a política não deve se tornar “um campo de morte”. Falando do Salão Oval da Casa Branca, o presidente declarou que os Estados Unidos enfrentam “um período de teste” com a aproximação das eleições presidenciais. “Quanto mais há em jogo, mais fervorosas se tornam as paixões. Não importa o quão fortes sejam nossas convicções, elas nunca devem levar à violência. É hora de nos acalmarmos”, afirmou o presidente.
Biden destacou a necessidade de reavaliar o momento atual e como o país deve seguir em frente. Ele mencionou uma série de eventos violentos recentes, incluindo a invasão ao Capitólio em 2021 e o ataque ao marido da ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi. “Não podemos normalizar essa violência”, alertou. Reconhecendo a profunda polarização na sociedade americana, Biden afirmou que o resultado das eleições presidenciais de novembro será crucial para o futuro do país. Ele reafirmou seu compromisso com a democracia, a Constituição e o Estado de Direito.
A fala de Biden veio em resposta às críticas de republicanos que culpam o democrata pelo ataque a Trump. O presidente defendeu a resolução de divergências nas urnas e não com violência. “Nós debatemos e discordamos, comparamos e contrastamos candidatos. Mas, na América, resolvemos nossas diferenças nas urnas, não com balas”, concluiu. O discurso, que durou cerca de seis minutos, foi o terceiro pronunciamento de Biden sobre o atentado, mas o primeiro realizado do Salão Oval, reservado para discursos mais importantes da presidência.