Segurança pública reage às acusações de deputado federal no caso de apreensão de fuzil

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota oficial rebatendo o deputado federal Delegado Fábio Costa (PP) acerca da apreensão de um fuzil, no último dia 10 de julho.

Na ocasião, uma pessoa não identificada foi presa em flagrante e foi apreendido um fuzil 556 com valor é estimado em R$ 24.700. As investigações foram conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a apreensão foi efetuada pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Alagoas (BOPE).

DEPUTADO APONTA “INVENÇÃO”

Em vídeo divulgado em seu perfil oficial do no instagram, o deputado federal confrontou a versão da secretaria, afirmando que a SSP teria inventado que as armas apreendidas seriam de uma organização criminosa, quando na verdade, o armamento pertence a um atirador de 47 anos, que possuiria certificados de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC).

Das sete armas apontadas pelo deputado como extraviadas, apenas uma foi encontrada. As outras ainda seguem desaparecidas. De acordo com a SSP, as armas pertenceriam a um traficante alagoano que possui ligação com o Comando Vermelho.

“O Governo do Estado inventou uma história completamente fantasiosa de que essa arma veio do Rio de Janeiro, a mando de um traficante que está foragido naquele estado. Qual a estratégia adotada pela SSP para está divulgando essas histórias de ficção, fortalecendo e enaltecendo o nome de um criminoso de Alagoas que está foragido no Rio de Janeiro, ao invés de combatê-lo, arrancando o mal pela raiz? O Governo do Estado nada falou acerca deste arsenal que está nas mãos dos bandidos e, ao que parece, nada está fazendo para recuperá-las””, disse o deputado em vídeo publicado.

Por fim, o delegado Fábio Costa alerta que, caso seja cometido algum crime com a utilização dessas armas, a responsabidade seria do governador Paulo Dantas (MDB).

“Governador, se essas armas forem utilizadas para o cometimento de crime de mando, de pistolagem ou qualquer outro tipo de crime aqui no estado, a responsabilização será sua”, concluiu o deputado federal alagoano.

SSP REBATE

Por meio de nota oficial, a SSP revelou que o Delegado Fábio Costa havia pedido informações sobre o assunto através de um ofício. A secretaria alegou que o tratamento ofertado pelo deputado federal havia sido “resumido e respeitoso”.

A pasta, porém, afirmou que as acusações contidas no vídeo divulgado nas redes sociais “são ofensivas a honra de todos os profissionais de segurança pública que estiveram envolvidos na exitosa ação de combate ao crime organizado”.

Ainda na nota, a SSP reafirma que o fuzil pertence “à facção criminosa Comando Vermelho, cujo líder em Alagoas é o indivíduo foragido da justiça conhecido como “Nem Catenga”. Adquirido pelo grupo criminoso, o armamento pesado seria utilizado pela facção criminosa na região da Brejal e adjacências, nesta Capital”.

O documento publicado pela SSP cita ainda que a informação trazida pelo deputado federal de que o armamento teria sido extraviado de um CAC segue sendo investigado.

“Acerca da informação trazida por Vossa Excelência de que o fuzil apreendido teria sido extraviado de atirador de Maceió, é importante esclarecer que este dado está sendo investigado e que tal informação somente chegou oficialmente à polícia judiciária no dia 11/07/2024, quando o atirador em questão registrou boletim de ocorrência do suposto furto das armas de fogo. Logo, Vossa Excelência anunciou nas redes sociais, em 10/07/2024, informação supostamente desconhecida pelo próprio atirador e, portanto, seria de grande valia que o Excelentíssimo Deputado pudesse espontaneamente procurar a autoridade policial judiciária competente e prestar todas as informações que obteve a fim de se esclarecer como o fuzil, supostamente furtado de atirador, foi parar nas mãos de violenta facção criminosa. Afinal, outros três fuzis podem ainda estar em poder do crime organizado e, acredita-se, Vossa Excelência, representante do povo alagoano no Parlamento Federal, também possui interesse no desmantelamento das organizações criminosas”.

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