A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) quer saber se a argentina filmada imitando um macaco em uma roda de samba na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, ainda está no Brasil. A Polícia Civil enviou um ofício ao consulado argentino.
A delegada titular, Rita Salim, quer ouvir a versão dela e do brasileiro que aparece com ela imitando os mesmos gestos. O homem também está sendo procurado.
A argentina que aparece nas imagens veio de Buenos Aires para o Rio para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical, e estava com um homem, brasileiro que mora no Rio. O caso teve grande repercussão nas redes sociais.
Nesta segunda-feira, três pessoas prestaram depoimento, entre eles seguranças da casa onde foi organizado o samba “Pede Teresa”.
“A delegada falou que seria importante o depoimento dos seguranças que viram e aí a gente foi entrar em contato com os seguranças para tentar entender melhor para pegar mais informações e eles falaram que havia outros argentinos imitando macacos na saída do evento”, afirmou Wanderson Luna, músico e organizador do evento.
A jornalista Jackeline Oliveira, que gravou o momento em que o casal imitou os macacos em meio à roda de samba, diz que “nada ameniza o racismo”.
“Ninguém, em pais nenhum, em lugar nenhum vai entender que racismo é uma coisa boba, uma brincadeira. O homem é brasileiro. Ele está aqui na cidade e ele vai ser encontrado alguma hora, a mulher sei que é argentina. A gente vai continuar buscando e espero que a polícia faça o trabalho dela”, disse ela.