Júlia foi morta com tiro na cabeça
A Polícia Científica de Alagoas informou nesta sexta-feira, 26, que realizou a coleta de amostras das mãos da adolescente Julia Kauanny Bezerra dos Santos, de 13 anos, encontrada morta dentro da residência do namorado na noite de ontem (25), Rua Deputado Siloé Tavares, que fica no bairro Camuxinga, na cidade de Santana do Ipanema. A intenção é realizar o exame residuográfico para saber se a vítima realizou disparos de arma de fogo.
A perícia no local foi conduzida pela perita criminal Daniele Araújo, do Instituto de Criminalística de Arapiraca (ICA). Ela encontrou uma lesão de entrada na face esquerda da vítima, com saída pela região occipital, mas a arma de fogo, responsável pelo disparo, não foi encontrada no local do crime.
Ainda acordo com a Polc, inicialmente, o crime foi registrado como homicídio, aparentemente resultado de um disparo acidental de arma de fogo. O suposto autor do disparo seria o próprio namorado da vítima, que se evadiu do local antes da chegada das guarnições das forças de segurança. A família dele também não se encontrava na residência.
Daniele Araújo explicou que equipes do Corpo de Bombeiros e policiais militares chegaram antes da perícia para prestar os primeiros socorros e confirmar o óbito. Além da análise do corpo, a perita coletou amostras das mãos de Julia Kauanny para realização do exame residuográfico que identifica a presença de resíduos de pólvora.
Esse exame pode indicar se a vítima realizou disparos de arma de fogo e fornecer informações adicionais sobre a dinâmica do disparo. O material coletado durante o exame nas mãos da adolescente será encaminhado para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Maceió para análise.
A adolescente foi encontrada morta na casa do namorado após ser atingida por um disparo enquanto estava na cama do quarto da mãe do namorado, também menor de idade. As informações preliminares dão conta que o namorado estaria limpando a arma, que não foi identificada, quando efetuou o disparo acidental. A informação inicial é de que arma pertence ao pai do adolescente, mas não foi confirmado se é registrada.
