Os resultados divulgados pelo órgão oficial informam que Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que González venceu com 70%.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou nesta terça-feira (30) que o Diretório Nacional da sigla aprovou de forma unânime uma decisão de condenar “as violações dos direitos humanos e democráticos perpetradas pelo regime chavista”.
“Consideramos esse regime uma ditadura e, como tal, sabíamos que ele não realizaria uma eleição livre, transparente e democrática”, afirmou Siqueira em uma rede social.
A posição do PT diverge do silêncio adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do tom de cautela do governo até o momento. O Brasil ainda não reconheceu os resultados e cobra maior transparência nos dados eleitorais.
A Executiva Nacional do partido reconheceu, em nota divulgada na noite de segunda-feira (29), a reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Lula ainda não se manifestou
O presidente brasileiro ainda não comentou o resultado das eleições venezuelanas, realizadas no último domingo (28).
Em nota, o Itamaraty afirmou que aguarda a divulgação de informações mais detalhadas sobre a apuração da votação.
Pacheco diz que faltou transparência
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (30) que o governo da Venezuela se afasta de princípios democráticos ao não demonstrar a “lisura e a transparência” de seu processo eleitoral.
Pacheco divulgou uma nota em meio à tensão gerada após o pleito presidencial no país vizinho. Resultados divulgados pelo órgão eleitoral oficial da Venezuela informam que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. A oposição, no entanto, afirma que González venceu com 70%.
“Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegure a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza”, declarou Pacheco.
Pacheco acrescentou dizendo que a democracia não permite ações seletivas e que “toda a violação” ao regime democrático deve ser “apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for”.