A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforçou, nesta sexta-feira (2), a importância dos cuidados para não contrair Febre Oroupuch, doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus. O estado já registrou seis casos da doença em 2024.
Além de manter a casa limpa, é necessário remover os possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo, aplicar repelente nas áreas expostas da pele e evitar áreas com grande circulação de mosquitos.
As orientações foram repassadas pela superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldnéa Silva, ao destacar que a Febre Oropouche tem sintomas parecidos com os da dengue e chikungunya. “É necessário a população ficar atenta aos sinais para todas as arboviroses, porque além dos sintomas comuns, como dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, a Febre Oropouche também pode causar tontura, dor retro ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos”, ressaltou.
De acordo com Waldnéa Silva, para o diagnóstico da Febre Oropouche, como os sintomas se assemelham aos da dengue, o paciente com suspeita da doença deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência. “Caso o profissional médico verifique que os sintomas se enquadram nas arboviroses, podendo ser dengue, zika ou chikungunya, será realizado exame para fechar o diagnóstico”, esclareceu.
Com relação ao tratamento, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau esclareceu que, segundo o Ministério da Saúde (MS), não existe tratamento específico. “Neste caso, os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico, assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya”, informou.
Epidemiologia
Conforme dados da Sesau, os seis casos da doença no estado foram registrados nas cidades de Japaratinga, Porto Calvo, Atalaia e Tanque D’Arca, com quatro pacientes do sexo feminino; e nos municípios de Messias e Japaratinga, com dois paciente do sexo masculino.
Os diagnósticos destes casos foram fechados por meio de exame laboratorial, realizado no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). Para isso foi utilizada a metodologia de RT-PCR em tempo real, cujo resultado foi negativo para dengue, zika e chikungunya e positivo para a Febre Oropouche.
Segundo a Sesau, os pacientes não apresentaram complicações clínicas graves. A Sesau e as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) continuam em investigação epidemiológica para assegurar o monitoramento e controle efetivo da situação epidemiológica, assim como determinar o local de origem da infecção.