Advogada morta: marido instalou câmeras e rastreava carro para monitorar vítima

O réu Alisson José Bezerra da Silva, acusado de matar a advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, está sendo julgado nesta terça-feira (6), no Fórum do Barro Duro. O réu, inclusive, confirmou ter matado a mulher, mas alegou não lembrar como cometeu o crime, que aconteceu em julho de 2022, no Loteamento casa Fortes, bairro Antares, em Maceió. O juiz responsável pelo caso é Yulli Roter.

MP/AL

Durante o julgamento, a irmã da vítima, Cleonice das Dores da Silva, confirmou que Maria Aparecida e os filhos tinham medo do réu, uma vez que ele seria agressivo de forma constante. A irmã relatou ter presenciado uma briga do casal. Segundo ela, o réu, ao chegar em casa e encontrar os pratos na pia, ficou revoltado e quebrou tudo. Em outra ocasião, o homem teria agredida uma das filhas após ela escrever o próprio nome na poeira do carro.

Ainda em sua declaração, a irmã da vítima afirmou que a família nunca aceitou o relacionamento, que ele impedia, inclusive, que familiares visitassem a casa de Maria Aparecida. A irmã alegou que o homem também teria machucado a mãe da vítima, uma idosa de 87 anos, que tinha Alzheimer. Além disso, Cleonice relata que ele chegou a colocar câmeras no escritório da advogada para ouvir as conversas de Aparecida com os clientes.

Três dias antes da advogada ser assassinada, ela fugiu e conseguiu ir até a casa da irmã, com os olhos inchados, mas ao ser questionada, silenciou. A filha dela dizia à mãe que o relacionamento era tóxico, e que o homem pegava a faca várias vezes para ameaçá-la.

MP/AL

Ao todo, eles viveram juntos por 17 anos, sendo sete anos de casamento. Perguntado porque ela manteve o relacionamento, a irmã falou que a advogada tinha dependência emocional, e também sofria ameaças de morte caso o deixasse.

O réu está sendo julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio). Para o juiz Yulli Roter, o julgamento é complexo, contudo, a expectativa é que seja concluído ainda hoje.

O crime

Alisson Bezerra matou a esposa com 14 golpes de arma branca, a maioria no pescoço, e depois tentou se matar, no Condomínio Casa Forte, na Serraria, parte alta de Maceió. O crime ocorreu no dia 21 de julho de 2022.

Reprodução

A vítima, Maria Aparecida da Silva Bezerra, de 54 anos, era advogada e não teve chances de defesa. Ela morreu ainda no local do crime.

Veja Mais

Deixe um comentário