Homem que agrediu suspeito de roubar sua motocicleta pode virar réu por lesão corporal

Na última semana agressão de populares ao suspeito foi filmada e divulgada nas redes sociais

O homem que quase teve a motocicleta roubada na última semana, no bairro do Poço, em Maceió, mas que junto com outros populares agrediram o suspeito até a chegada da polícia, pode agora responder pelo crime de lesão corporal, contra o suposto criminoso.

Reprodução

Sujeito se joga em vala para fugir de agressões de populares

Nesta segunda-feira, 19, em entrevista à TVPajuçara, a delegada Luci Mônica explicou que durante audiência de custódia, o homem que acabou pulando em um trecho de esgoto no riacho do sapo e foi atingido a pedradas enquanto era acusado de ter tentado cometer um roubo, relatou ter sido alvo de agressões por parte do dono do veículo e outras pessoas que se juntaram a ele.

A juíza então determinou que um inquérito policial fosse instaurado para investigar quem foram os autores da ação, o que segundo a delegada já foi iniciado.

Mônica explicou que o dono da motocicleta foi identificado e intimado a prestar esclarecimentos sobre a acusação nesta terça-feira (20). Segundo ela, tanto ele, quanto quem mais tenha participado da tentativa de justiçamento podem ser autuados. As imagens serão analisadas e depoimentos serão tomados para se determinar como os fatos se deram.

“Não é a forma correta de agir. Você combater o crime, também cometendo outro delito. Para isto existem as polícias. Chamem as polícias. Telefonem. Existe o disque denúncia, temos o 190, ou seja, o Estado tem os mecanismos para que as pessoas hajam quando são vítimas de um crime que obviamente não é sair batendo no autor. E é justamente por conta disso, para evitar o jsutiçamento, que a Justiça nos autorizou a fazer a investigação”, explicou a delegada.

Outro ponto conflitante na história é o fato de que a ocorrência foi registrada como roubo com porte de arma branca, mas o suposto autor alega ter apenas tentado furtar o veículo. O inquérito que deverá se encerrado em até 30 dias, também investigará isto.

“Eu tenho 22 anos de polícia, já passei por muitas delegacias e eu não me recordo de ter pego um caso como esse. Mas nós estamos aqui para cumprir o que a lei determina, o que a justiça determina e nosso papel na polícia judiciária é esse”, desabafou Luci Mônica.

Relembre as imagens compartilhadas:

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