Os primeiros levantamentos da Polícia Científica de Alagoas sobre o caso da recém-nascida encontrada morta na madrugada desta quarta-feira, 21, dentro de um vaso sanitário em Atalaia apontam que não há sinais de violência ou indícios de aborto provocado pela mãe.
A criança foi encontrada morta, de cabeça para baixo, em meio a fezes, após uma mulher, com transtornos mentais e dependência alcóolica, dar à luz a bebê no momento em que usava o vaso sanitário dentro de sua casa no Alto do Cruzeiro, zona rural daquela cidade.
Após o caso, a perita do Instituto de Criminalística, Jana Kelly dos Santos, esteve no local e foi a responsável pelas análises iniciais. Ela constatou, na perícia preliminar, a ausência de violência na recém-nascida ou qualquer resíduo de substância que pudesse induzir o aborto. Com isso, o caso está sendo tratado neste momento como aborto a esclarecer.
Os policiais da 3ª Companhia Independente foram acionados por uma ambulância que tinha se deslocado ao Centro Integrado de Segurança Pública de Atalaia (Cisp) para pedir apoio na ocorrência. Ao chegar ao local, a equipe constatou que a mãe da criança já tinha sido levada pelo Samu para o Hospital João Lira Filho, onde ele permanece internada para cuidados médicos.
A mulher realizou o pré-natal em um hospital da cidade de Atalaia e estava gestante de 33 semanas e quatro dias. Ela alega que não tinha percebido que havia dado à luz a bebê. No momento em que viu a criança no vaso, a mulher se assustou e correu ensanguentada para pedir ajuda, rompendo assim o cordão umbilical.
Ela tem outros dois filhos, que agora estão sob cuidado de familiares.
O delegado Gustavo Pires, titular da delegacia de Atalaia, será o responsável pelas investigações e já solicitou aos agentes que localizassem os parentes da genitora com o intuito de esclarecer o fato. Deverão ser anexados ao inquérito o exame cadavérico da criança e de sanidade mental da mulher.