Mulher que atacou Títi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, é condenada a mais de 8 anos de prisão

Day McCarthy fez comentários racistas contra a criança quando ela havia acabado de ser adotada pelo casal

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Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comemoram condenação de socialite após denúncia de racismo

A socialite Dayane Alcantara, mais conhecida como Day McCarthy, que fez ataques racistas contra Títi, filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, foi condenada a 8 anos, 9 meses e 13 dias de reclusão em regime fechado. O casal anunciou nas redes sociais a vitória no processo que moviam contra a mulher desde 2017. A socialite proferiu ofensas racistas a Títi quando a menina tinha apenas 4 anos e tinha acabado de ser adotada pelo casal.

“Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde”, iniciou Bruno e Giovanna no Instagram.

A decisão da Justiça brasileira é histórica. Esta é a primeira vez que um réu é condenado ao regime fechado para esse tipo de crime no país. O processo correu na Primeira Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Ainda cabe recurso. Day foi acusada de cometer os crimes de injúria racial e incitação ao preconceito através de comentários nas redes sociais.

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comemoram condenação de socialite após denúncia de racismo — Foto: Reprodução/InstagramBruno Gagliasso e Giovanna Ewbank comemoram condenação de socialite após denúncia de racismo — Foto: Reprodução/Instagram

Confira o relato completo de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank:

“Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde.

Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?

Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.

Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade.

Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos – enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada @julianasouzaoris e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer.

Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”.

Day McCarthy — Foto: Reprodução/Instagram
Day McCarthy — Foto: Reprodução/Instagram
Fonte: Extra

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