Baiana, escritora e cantora: quem é a advogada que conseguiu a maior condenação por racismo no Brasil

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Aos 33 anos, Juliana Souza entra agora para história do Direito no Brasil após conseguir a maior condenação por racismo e injúria racial no país. Ela foi a advogada dos Gagliasso no processo que eles moviam contra Day McCarthy, que ofendeu publicamente a filha mais velha de Bruno e Giovanna Ewbank, uma criança. A criminosa foi condenada a quase 9 anos de prisão.

“Após anos de trabalho incansável, dedicação e estudo, hoje tive a honra de ver a justiça prevalecer. A condenação de 8 anos e 9 meses, inicialmente em regime fechado, no caso Gagliasso x Day McCarthy não é apenas uma vitória para a família Gagliasso — é uma vitória para todos nós. É a prova de que o racismo não compensa e que podemos, sim, mudar o curso da história”, escreveu ela ao publicar fotos ao lado de seu cliente.

“Como advogada, e principalmente como uma mulher negra, que já foi uma criança preta, essa decisão carrega um simbolismo profundo. Ela me lembra que nossa luta é legítima e que cada passo que damos é crucial para garantir que nenhuma criança tenha que passar pelo que a Titi passou, ou pelo que eu passei. Hoje, durmo um pouco mais tranquila. Mas amanhã, acordarei novamente com a mesma missão: fazer justiça. Essa vitória não é apenas minha, é de todas as advogadas e advogados pretos que estão na linha de frente, enfrentando desafios imensos, mas que seguem firmes, porque sabem que nossa luta é maior”, completou.

Não é apenas a advocacia que está entre as preferências ou talentos de Juliana. A baiana se tornou também uma influenciadora quase por acaso, quando durante a pandemia, fez algumas lives, entre elas com Anitta, sobre equidade racial. Foi um boom. Em menos de um dia, 2 milhões de pessoas já tinham assistido ao conteúdo. Viralizou e o nome de Juliana, que já defendia famosos, ficou em evidência.

Hoje ela e palestrante e dá consultorias sobre o tema e costuma estar onde pode dar visibilidade à sua causa, como na festa do Instituto Vini Jr., que aconteceu em julho. Ela própria fundou uma entidade, o Instituto Desvelando Oris e se tornou escritora após lançar “Torrente Ancestral, Vidas Negras Importam?, em 2023.

Apesar de ser uma ativista convicta e orgulhosa, Juliana não passa as 24h de seu dia panfletando e tem interesses diversos, como moda e música. E tem boa voz pelo que mostra em alguns vídeos postados em seu perfil mo Instagram, e pretende em algum momento dar vazão a essa veia artística. Sobra tempo também para ser bonita. Sim, porque, com perdão do trocadilho, Juliana é uma “advogata”, que se preocupa em dormir bem, se hidratar e movimentar o corpo.

Fonte: Extra Famosos

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