Um alagoano de 33 anos, identificado como Bruno Manoel Gomes Arcanjo, foi preso nesta terça-feira, 03, acusado de assassinar a tiros o policial civil do Piauí, Marcelo Soares da Costa, 42 anos, durante uma operação ocorrida no município de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão.
Informações da Polícia Militar do Maranhão dão conta que Bruno Arcanjo é proprietário de um açougue no Maranhão e teria um relacionamento com a filha de um empresário influente da cidade.
Além disso, ele estava sendo investigado, junto com os outros dois comparsas, em um esquema de fraude contra o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Piauí e também em financiamentos bancários fraudelentos.
No esquema, o grupo “criava” carros por meio da emissão de licenciamento de veículos inexistentes. Com estes documentos em mãos, os acusados realizavam financiamento em agências bancárias e recebiam dinheiro por estas transações. As instituições bancárias perceberam a fraude e acionaram à polícia, que deu início as investigações. Segundo a polícia, um dos casos gerou um prejuízo de mais de R$ 1,6 milhão.
Por conta destes crimes, a Polícia Civil do Piauí, por meio da Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), desencadeou hoje uma operação com o intuito de prender os criminosos.
Quando a equipe chegou a casa de Bruno para cumprir o mandado de prisão, alguns agentes arrombaram o portão de ntrada enquanto o policial Marcelo Soares e outro agente seguiram para os fundos da casa. Lá, eles se depararam com dois cadeados. O primeiro foi quebrado, mas no momento em que Marcelo tentava quebrar o segundo, recebeu um tiro na lateral do tórax, onde o colete de proteção não chega. Ferido, Marcelo Soares chegou a ser socorrido, mas acabou morrendo.
Após os disparos de arma de fogo, Bruno Arcanjo foi preso em flagrante. No entanto, para se entregar, Bruno colocou a mulher e filho com escudo. A arma do crime, uma pistola 9mm, foi apreendida pelos policiais.
A polícia informou ainda que as outras duas pessoas que estavam com Bruno Arcanjo são naturais de Pernambuco e Piauí. O piauense foi preso em Teresina. Já o outro acusado, que é primo de Bruno, continua sendo procurado.
Outros crimes
A PC do Piauí relatou que o acusado alagoano já responde por quatro processos de estelionato. Inclusive, em 2017, ele foi preso pelos agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e da Seção Antissequestro (SAS) em Alagoas por estelionato e falsidade ideológica. Na época, a PC de Alagoas informou que o acusado fazia parte de um grupo criminoso responsável por fraudar boletos bancários, a partir de adulteração e com o intuito de obter vantagem ilícita.
A organização criminosa falsificava boletos bancários e enviava a diversas empresas, que realizavam o pagamento acreditando que a cobrança era verdadeira. No entanto, o código de barras não correspondia as informações do boleto real e o dinheiro era depositado na conta de terceiros. O caso foi descoberto pela Polícia Civil de Alagoas e Bruno Arcanjo preso, junto com outro comparsa.
Nota de pesar da Polícia Civil do Piauí
Durante sua atuação policial mostrou talento, compromisso, e ingressou nas Operações Especiais, tendo sido em sua última lotação,membro do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, DRACO. Também atuou na formação policial na Academia de Polícia Civil, repassando seus conhecimentos.
A todos os policiais civis, em nome de toda a Instituição, o delegado-geral, Luccy Keiko Leal Paraíba deseja conforto aos amigos e familiares desse vocacionado policial civil, que tanto honrou o distintivo que o povo do Piauí lhe confiou.
Assessoria de Comunicação da Polícia Civil