Dengue: Número de mortes pela doença aumenta em AL e Sesau estimula a prevenção

Até esta semana, o estado já confirmou 13.388 casos, além de 15 óbitos. Um a mais do que a última semana

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Em mais uma semana epidemiológica, a de número 35, o boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) nessa terça-feira (03) registrou o aumento no número de casos notificados e confirmados da doença no estado. Agora são 22.546 notificações, das quais 13.388 se confirmaram. O número de mortos também cresceu, sendo 15 o total de vítimas agora.

Segundo o documento, a última morte aconteceu no município de Maceió, porém detalhes a respeito do paciente não foram repassados.

Os óbitos foram confirmados para dengue nos municípios de Atalaia (1), Viçosa (1), Porto de Pedras (1), Rio Largo (1), Maceió (5), União dos Palmares (1), Murici (1), Craíbas (1), Teotônio Vilela (1), Arapiraca (1) e Belo Monte (1).

Outros 22 óbitos – seis a menos do que na última semana –  estão sendo investigados nos municípios de Boca da Mata (1), Atalaia (2), São José da Laje (2), Maceió (3), Pão de Açúcar (1), União dos Palmares (1), Porto Real do Colégio (1), Pilar (1), Matriz do Camaragibe (1), Delmiro Gouveia (1), Poço das Trincheiras (1), Barra de Santo Antônio (1), Craíbas (1), Porto Calvo (1), Santana do Ipanema (1), Junqueiro (1), Santa Luzia do Norte (1) e Capela (1).

No mesmo período do ano passado foram notificados 5.831 casos suspeitos de dengue, dos quais 3.674 foram confirmados. Também foram registrados dois óbitos, sendo um em Maceió e um em Campo Alegre.

Dados de Maceió

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) também divulgou dados específicos a respeito da capital alagoana sobre a dengue.

Segundo a pasta, foram notificados, 6.234 casos prováveis; 5.533 casos confirmados; e seis óbitos pela doença – dois a mais que na última semana – divergindo dos dados divulgados pela Sesau.

No mesmo período de 2023 foram confirmados 1.691 casos de dengue, correspondendo a um aumento na ordem de 227,2% em 2024.

Ainda segundo os dados divulgados, até a Semana Epidemiológica de número 35, o 6º Distrito Sanitário continua como o que tem maior incidência por 100mil hab. Entre os bairros destacam-se: Bebedouro (77,16 casos/100mil hab.), Santo Amaro (71,53/100 mil hab.), Canaã (61,91 casos/100mil hab).

Prevenção

A assessora técnica da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Naara Nascimento, chama atenção para a necessidade de investir na eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Isso porque, segundo ela, esta é a principal medida a ser adotada por cada cidadão para evitar aumento dos casos e óbitos por dengue, uma vez que, segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 75% dos focos do vetor da doença estão situados nos domicílios.

“A conscientização da sociedade é a chave para reduzir os casos e óbitos por dengue, pois já está comprovado que a maioria dos focos do Aedes aegypti está nas residências. Portanto, é fundamental adotar práticas preventivas no dia a dia, como limpeza dos quintais e objetos que acumulam água, que são medidas simples, mas eficazes”, salientou Naara Nascimento.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reforçou que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença. Ele enfatizou que o combate ao mosquito Aedes aegypti é um trabalho coletivo que envolve toda população e os gestores municipais e que, por isso, diversas ações educativas foram realizadas este ano nos municípios alagoanos.

“Diante deste cenário epidemiológico não podemos baixar a guarda e continuaremos trabalhando ativamente nesta parceria colaborativa com os municípios, prestando assistência técnica, capacitando e realizando capacitações. Isso porque, os agentes de endemias municipais são os responsáveis por fazer a busca ativa dos focos do Aedes aegypti e de orientar a população quanto à prevenção”, frisou o gestor da saúde estadual.

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