Acusado de tráfico de drogas interestadual, lavagem de dinheiro e associação criminosa é preso em Maceió

PC/DF

Um homem, suspeito de integrar uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas interestadual, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e integração em organização criminosa, foi preso nesta terça-feira, 10, no bairro da Jatiúca, em Maceió, durante a Operação “Dog Head”, desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Na operação, que aconteceu simultaneamente no Distrito Federal e mais cinco estados, houve o cumprimentos de 128 medidas judiciais, sendo 25 mandados de prisão temporária, 51 mandados de busca e apreensão, 27 ordens de sequestros de bens móveis e imóveis e 25 ordens bloqueios de contas bancárias.

Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e em pessoas jurídicas associadas aos membros da organização criminosa, buscando a arrecadação de provas e apreensão de drogas, armas e outros objetos vinculados aos crimes.

Em Alagoas, o mandado de prisão foi cumprido nas primeiras horas de hoje e contou com o apoio da Polícia Civil do Estado, sob o comando do delegado Thales Araújo.

A PC/DF informou que a ação policial tinha o intuito de desarticular o grupo criminoso de alcance nacional. Os membros atuam quanto na venda de drogas no varejo como na comercialização de transporte no atacado, inclusive fornecendo entorpecentes para uma facção criminosa oriunda do DF.

Nas investigações, os policiais descobriram que o caso era um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, onde os acusados utilizavam empresas de fachada. Eles movimentaram a quantia de R$200 milhões, que foi usada para a aquisição de drogas e manutenção de operações criminosas.

Na operação, foram empenhados 196 policiais civis do Distrito Federal incluindo agentes de diversas unidades especializadas e 117 policiais das Polícias Civis de Goiás (PCGO), Rio Grande do Norte (PCRN), Amazonas (PCAM), Roraima (PCRR) e Alagoas (PCAL). A ação também contou com a participação de outras entidades operacionais da PCDF, como o Departamento de Polícia Especializada, a Divisão de Operações Especiais e a Divisão de Operações Aéreas, assim como do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A operação recebeu o nome Dog Head em referência à região conhecida como Cabeça do Cachorro, localizada no extremo noroeste do Brasil, nas divisas com a Colômbia, Peru e Venezuela, no estado do Amazonas. Essa área é estratégica para o tráfico de drogas, atuando como ponto de passagem e distribuição de entorpecentes adquiridos pelas organizações criminosas. As investigações apontam que a organização criminosa utilizava empresas fictícias na região da Cabeça do Cachorro para movimentar grandes somas de dinheiro, direcionadas à compra de drogas e ao fortalecimento das atividades ilícitas do grupo.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e integração em organização criminosa, com penas que, somadas, podem ultrapassar 41 anos de reclusão.

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