Nível do Rio Negro em Manaus fica a menos de um metro do limite mínimo seguro para banhistas

Nível registrado nesta quinta-feira (12) está próximo do limite mínimo considerado seguro pelas autoridades, estipulado em 16 metros. Na quarta-feira (11), Manaus declarou estado de emergência devido à seca severa.

O nível do Rio Negro, em Manaus, atingiu a cota de 16,97 metros de acordo com a medição feita pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), nesta quinta-feira (12). A marca está próxima do limite mínimo considerado seguro à banhistas pelas autoridades, estipulado em 16 metros.

William Duarte/Rede Amazônica

Seca do Rio Negro muda paisagem do Centro de Manaus.

Segundo os dados do SGB, nas últimas 24 horas o Rio Negro baixou 24 centímetros na capital amazonense. Desde o dia 1º de setembro, o nível do rio em Manaus reduziu 2,81 metros, uma média de 25,54 centímetros por dia.

Na mesma data, em 2023, ano da maior seca já enfrentada na história do estado, o Rio Negro marcava 21,19 metros. Nos primeiros doze dias de setembro daquele ano, houve uma redução de 2,41 metros, o equivalente a 21,90 centímetros diariamente.

O nível mais baixo já atingido pelo Rio Negro em Manaus foi registrado em 16 de outubro de 2023, quando as águas atingiram a marca de 13,59 metros.

Com o nível registrado nesta quinta-feira, o Rio Negro fica a menos de 1 metro de ser interditado para banhistas. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2013, prevê medidas de segurança, como a interdição total de balneários, como a Praia da Ponta Negra, quando o nível do rio atingir 16 metros.

Na quarta-feira (11), o prefeito de Manaus, David Almeida, assinou um decreto de situação de emergência com validade de 180 dias devido à seca severa que afeta o Rio Negro na capital. A medida visa implementar ações para atender às necessidades das comunidades ribeirinhas impactadas e inclui a capital na lista de municípios que devem receber recursos do Governo Federal.

Veja como foi a descida no nível do Rio Negro em setembro:

  • ⬇️ 1 de setembro: 19,73 metros;
  • ⬇️ 2 de setembro: 19,53 metros;
  • ⬇️ 3 de setembro: 19,26 metros;
  • ⬇️ 4 de setembro: 19,01 metros;
  • ⬇️ 5 de setembro: 18,75 metros;
  • ⬇️ 6 de setembro: 18,49 metros;
  • ⬇️ 7 de setembro: 18,23 metros;
  • ⬇️ 8 de setembro: 17,98 metros;
  • ⬇️ 9 de setembro: 17,73 metros;
  • ⬇️ 10 de setembro: 17,47 metros;
  • ⬇️ 11 de setembro: 17,21 metros.
  • ⬇️ 12 de setembro: 16,97 metros.
Régua de medição do Rio Negro no Porto de Manaus — Foto: Matheus Castro/g1Régua de medição do Rio Negro no Porto de Manaus — Foto: Matheus Castro/g1

Decreto de emergência 

A seca severa já está mudando o cenário da Orla de Manaus e afetando a rotina tanto da população quanto dos trabalhadores da área portuária. Bancos de areia estão surgindo no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à via pública.

No último dia 28, o governo do Estado declarou situação de emergência ambiental e de saúde pública em todas as 62 cidades do Amazonas devido à seca e queimadas na região. Conforme boletim divulgado pela Defesa Civil do Amazonas nesta quinta-feira, já são mais de 364 mil pessoas afetadas pela estiagem em todo o estado.

O decreto na capital amazonense foi assinado um dia após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitar o Amazonas ao lado de ministros para avaliar a situação da seca no estado. Durante a agenda, Lula anunciou quatro projetos de dragagem nos rios Amazonas e Solimões, e outras medidas para amenizar os impactos da estiagem.

Fonte: g1

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