MP denuncia deputado estadual Renato Machado como mentor de morte de jornalista

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta segunda-feira, o deputado estadual Renato Machado (PT) como mentor da morte do jornalista Robson Giorno, em Maricá, na Região dos Lagos. O crime aconteceu em 2019, quando Giorno, que era dono do jornal que levava o nome da cidade, foi executado a tiros ao sair de casa. Além do político, outras três pessoas foram acusadas de envolvimento no crime.

De acordo com a denúncia do MP, a motivação do crime teria sido a insatisfação de Machado com reportagens publicadas por Giorno, que insinuavam que o deputado havia tido um caso extraconjugal com Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate. Ela é acusada de ser a mandante do assassinato do ex-companheiro, Thiago André Marins, e do pai dele, o vereador Ismael Breve de Marins.

De acordo com o g1, os demais nomes citados na denúncia são de:

Rodrigo José Barbosa da Silva, o Rodrigo Negão;
Davi de Souza Esteves, o subtenente Davi e;
Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate.

Em 2023, durante uma investigação da Polícia Civil e do MPRJ sobre cinco mortes em Maricá, Machado afirmou que manteve um relacionamento com Vanessa Alicate. O período do relacionamento não foi revelado, mas jornais locais divulgaram que ela teria engravidado do parlamentar em 2018.

No ano seguinte, um caso de orgia na sede da prefeitura de Maricá ganhou espaço nos jornais. Entre os envolvidos estavam Vanessa e Machado, que negou a participação. O fato foi mencionado no inquérito policial, que ainda afirmou que a mulher “teria se aliado ao jornalista Giorno (Robson Giorno, dono do Jornal O Maricá), a fim de obter vantagens financeiras e cargos dentro daquele governo municipal, situação que, posteriormente, levou à morte de Giorno”.

No site da Alerj, Renato Machado é descrito como “o primeiro maricaense a assumir uma vaga no Parlamento, como o mais votado da cidade”. Ele é casado, pai de três filhos e pastor evangélico.

Discussão na Alerj
Com a denúncia feita pelo MP, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai se reunir ainda nesta semana para decidir como vai tratar internamente o caso de Renato Machado. A situação é diferente do ocorrido com Lucinha (PSD) no início do ano. Na ocasião, a parlamentar foi afastada pela Justiça e, ao votar se acatava a decisão, o plenário decidiu abrir sumariamente um processo no Conselho de Ética.

No caso de Machado não há nenhuma decisão até o momento da Justiça o afastando. Portanto, segundo o regimento interno, caberá ao corregedor da Alerj Chico Machado (Solidariedade) ou à Mesa Diretora pedir a abertura do inquérito na Assembleia. A tendência no momento entre os parlamentares é pela abertura de um processo contra o deputado.

Fonte: Extra

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