Ainda não está sendo fácil para Luana Piovani lidar com a decisão do filho mais velho, Dom, de 12 anos, de morar no Brasil com o pai. A atriz, de 48 anos, disse ter ficado por dois anos lutando para que isso não acontecesse e tentou até que o ex-marido, Pedro Scooby, de 36 anos, entendesse. Afinal, quando a família toda se mudou para Portugal, eles eram casados.
“Foram dois anos dando murro em ponta de faca, tentando… Eu não vim a Portugal à toa, e não vim sozinha. Eu vim numa decisão pela minha família. Eu vim casada. Eu atravessei o oceano, eu larguei tudo que eu tinha lá para começar algo novo, do zero, porque eu queria que meus filhos tivessem mais oportunidades. E acho que estar na Europa nos traz isso. Nos traz mais conhecimento, mais línguas, mais culturas diferentes, abre o nosso horizonte para as diferenças do mundo. E também para que eles tenham uma vida mais comum, mais parecida com o que eu tive quando criança. Sem medo de estar na rua jogando bola, andando de bicicleta, foi para isso que vim. E o fato dele voltar me doi, porque ele vai viver num lugar onde tem carro blindado, onde convive só com pessoas do mesmo ciclo…”, disse Luana, em entrevista ao programa “Júlia”, da emissora portuguesa SIC.
Ela, que mora em Cascais, na região metropolitana de Lisboa, relembrou ainda o momento que enfim decidiu parar de discutir.
“Essa decisão é fruto da adolescência, uma coisa óbvia. Um pré-adolescente querer viver uma fantasia de viver uma vida com menos limites e um pouco mais de diversão. Teve um momento que eu vi que minha casa estava sem harmonia, meus outros filhos estavam sofrendo com esses conflitos, meus pais estavam se desgastando com essa harmonia e corrente que vinha arrastando. Então, eu disse: ‘Vá, viva sua escolha, e do seu pai. Vivam essa fantasia'”.
A artista garante que a relação com o filho melhorou muito. E, apesar do desgosto, torça para que a experiência no Brasil seja realmente frutífera e obtenha aprendizados. Nesse ponto, Luana ainda dá uma alfineta no ex-marido surfista.
“(Dom) está bem, a qualidade do nosso amor melhorou muito. As pessoas ainda falam: ‘Ele vai voltar. Na hora que ele sentir a diferença’. Mas eu não quero que ele volte. Senão, deu errado. E eu quero que dê certo. Quero que o pai dele crie um pouco mais de responsabilidade nesses limites e tenha uma rotina organizada. Eu quero que ele saiba lidar com a liberdade maior que o pai dê para ele. E eu quero que meu filho entenda o por que de eu ter escolhido a Europa para vivermos. Ele vai sentir ao longo do tempo essa diferença. Foi uma luta complicada. Depois, que somos mãe que entendemos”.