Uma das vítimas do professor suspeito de perseguir alunas até via PIX em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, contou detalhes sobre a forma que o homem agia. Segundo uma das meninas, que não quis se identificar, depois que ela parou de responder as mensagens que o suspeito mandava nas redes sociais, ele chegou a oferecer R$ 100 a um amigo dela para que ele a convencesse a falar com ele.
“Me dizendo que estava apaixonado por mim e aí começou a querer comprar os meus amigos. Ele ofereceu R$ 100 para o meu amigo para ele me convencer a voltar a falar com ele [professor], responder as mensagens que ele mandava para mim”, explicou.
À TV Anhanguera, a jovem contou que teve aulas com esse professor em 2019, quando tinha 17 anos. Ela ainda disse que, na época, aceitou que o professor lhe pagasse um lanche, mas depois passou a ser perseguida por ele por cerca de seis meses. Ela acrescentou que, na época, denunciou o professor na direção da escola e ele foi afastado.
“[Ele falava] que era apaixonado por mim, que não tinha problema a idade dele nem a minha, que eu não precisava me preocupar com ele ser demitido, que não precisava se preocupar com a escola, que estava tudo certo, e que se eu beijasse ele o mundo não ia acabar ele também não ia ser preso”, relembrou.
Até quarta-feira (2), pelo menos cinco vítimas foram identificadas pela Polícia Civil. Em nota, a Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) informou que atua no caso, a fim de garantir ao professor os direitos fundamentais à ampla defesa e ao contraditório. O suspeito foi preso no último dia 26 de setembro enquanto esperava pela saída de uma ex-aluna na porta da escola.
Entenda o caso
Conforme informações da Polícia Civil, o professor é investigado desde 2022 por ameaçar e perseguir ex-alunas. Em um dos casos, os policiais afirmaram que, apesar de ser bloqueado em todos os canais de comunicação e redes sociais da vítima, o homem criava diversos perfis, e insistia em enviar mensagens para as vítimas.
A vítima contou à polícia que a situação aconteceu por meses, até que o professor passou a transferir valores via PIX com mensagens nos extratos bancários para tentar falar com ela. Nos recados, ele dizia em tom ameaçador que tiraria a própria vida e mataria pessoas próximas da menina.
Segundo a polícia, no último dia 21 de setembro, ele mandou: “Você vai me matar, entendeu? vai ser você”. Dois dias depois, na segunda-feira (23), enviou novamente: “Não é a polícia que vai mudar minha cabeça. Eu só não quero morrer em cadeia. Quero me matar do meu jeito”.
No dia da prisão, a adolescente entrou contato com a polícia afirmando que o professor estaria na porta da escola onde ela estuda esperando ela sair, como já havia feito outras vezes. Com isso, os policiais foram até o local e prenderam o homem em flagrante.
A mãe de uma das vítimas do professor contou que, inicialmente, o suspeito perguntou se ela deixava a menina namorar com ele. “Perguntou se ela dormia fora de casa e eu sempre respondi que não”, detalhou. Em seguida, segundo ela, ele mandou mensagens para as amigas dela (assista relato abaixo).
“Mensagens três horas da manhã, duas horas, cinco. Não tinha hora”, relatou.
Segundo a mãe, na época, ela denunciou o professor à polícia e acreditava que ele estava preso, até que foi surpreendida pelas notícias de novas vítimas. “Eu fiquei bastante revoltada. Achei que ele estivesse preso e, aí, vem essa bomba de novamente, não é a primeira vez”, afirmou a mulher.
A Polícia Civil de Goiás disponibiliza o telefone (61) 99569-9462 para denúncias de novas vítimas do professor.
Os policiais afirmam que, apesar de ser bloqueado em todos os canais de comunicação e redes sociais da vítima, o homem criava diversos perfis, e insistia em enviar mensagens para as vítimas. A vítima contou à polícia que a situação aconteceu por meses, até que o professor passou a transferir valores via PIX com mensagens nos extratos bancários para tentar falar com ela.
Nos recados, ele dizia em tom ameaçador que tiraria a própria vida e mataria pessoas próximas da menina. Segundo a polícia, no último dia 21 de setembro, ele mandou: “Você vai me matar, entendeu? vai ser você”. Dois dias depois, na segunda-feira (23), enviou novamente: “Não é a polícia que vai mudar minha cabeça. Eu só não quero morrer em cadeia. Quero me matar do meu jeito”.