As alterações levarão a uma redução do teto do valor financiável de 80% para 70%, tanto para imóveis residenciais quanto para imóveis comerciais e os clientes só poderão ter apenas um financiamento ativo pelo banco público.
Essas mudanças se darão no Sistema de Amortização Constante (SAC). Já na Tabela Price, a instituição financeira só financiará 50% do valor do imóvel, contra 70% anteriormente. Com menos crédito, a entrada passa a 30% do valor do imóvel, no caso do SAC, e chega a até metade do valor da compra, no caso da Tabela Price.
A Caixa Econômica Federal é responsável, atualmente, por cerca de 68% do mercado de crédito imobiliário do país. Apesar de comentários de que as mudanças tenham sido realizadas pela falta de recursos, com a queda do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em nota enviada à CNN, a instituição defende que não.
“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela CAIXA, mas também pelos demais agentes do mercado”, explica.
As constantes retiradas dos recursos da poupança pela população reduziram significativamente a participação dessa modalidade na formação das reservas para empréstimos.
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), linha de crédito usada para financiar o setor imobiliário, já chegou a representar 70% desse tipo de financiamento, mas agora não atinge nem 34%.
Em 2024, a Caixa concedeu, até setembro, R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 627 mil financiamentos de imóveis, beneficiando cerca de 2,5 milhões de brasileiros até o momento.
Em relação às contratações com recursos da Poupança (SBPE), a CAIXA apresenta em 2024 market share de 48,3% de contratação dos financiamentos do país, correspondendo a R$ 63,5 bilhões das operações realizadas pelo banco até setembro.
A carteira de crédito habitacional da CAIXA já ultrapassou a marca de R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos.