O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) quer aproveitar a resistĂȘncia de Jair Bolsonaro ao PSD, de Gilberto Kassab, para atrair a sigla para a sua candidatura Ă reeleição.
O petista jå abordou o assunto com Kassab, em conversa recente, e tem salientado a ministros filiados à sigla que uma aliança com o partido é prioritåria para 2026.
O PSD deve fechar as eleiçÔes municipais como a sigla que mais elegeu prefeitos. O partido, inclusive, contou com o apoio do presidente em colégios eleitorais importantes, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Lula jå sinalizou disposição de o PT abrir mão de candidaturas próprias em nome de uma aliança com a sigla nessas regiÔes.
Kassab, no entanto, tem evitado se comprometer antes da hora. A decisĂŁo, dizem aliados do dirigente partidĂĄrio, serĂĄ tomada apenas em 2026.
E vai depende da postura de dois lĂderes da direita: Jair Bolsonaro e TarcĂsio de Freitas. Em SĂŁo Paulo, o PSD ocupa o posto de vice-governador.
AlĂ©m disso, Kassab Ă© secretĂĄrio estadual de RelaçÔes Institucionais. TarcĂsio estĂĄ disposto a manter a aliança, mas Bolsonaro jĂĄ avisou que o PL nĂŁo irĂĄ compor com o PSD em 2026.
Em entrevista Ă CNN, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reconheceu que o partido nĂŁo pode abrir mĂŁo de apoios, mas que Kassab ânĂŁo defende pautas de direitaâ.
Em 2022, por conta da aliança em SĂŁo Paulo, o PSD ficou neutro no segundo turno entre Lula e Bolsonaro. ApĂłs as eleiçÔes, o partido, no entanto, ganhou trĂȘs pastas na Esplanada dos MinistĂ©rios.
Lula também tem atuado pelo apoio, em 2026, do União Brasil, PP e Republicanos. A avaliação, no entanto, é de que uma aliança é improvåvel pela postura de centro-direita das legendas.
Por isso, a ideia Ă© conseguir apoios isolados dentro dos partidos, como do senador Davi Alcolumbre (UniĂŁo Brasil-AP), por exemplo.
Alcolumbre Ă© o favorito hoje para estar Ă frente do Senado Federal durante a campanha eleitoral de 2026.