Wado inaugura exposição em Penedo sobre vultos históricos e culturais de Alagoas

Mitologia Alagoana apresenta 15 quadros com nomes como Nise da Silveira, Hermeto Pascoal, Danny Bond e PC Farias, entre outros

No novo mergulho por tintas e telas, Wado apresenta inédita coleção de quadros que reapresenta de forma lúdica e inspirada nomes marcantes da história e da cultura alagoana como personagens do universo dos quadrinhos. Composta por 15 telas, a exposição Mitologia Alagoana estreia temporada na Fundação Casa de Penedo, com noite de abertura marcada para o dia 24 de outubro, às 19h. A visitação fica em cartaz até 23 de novembro.

Divulgação

Wado – Mitologia Alagoana

Na ampla paleta pincelada pelo artista, músicos, escritores, intelectuais e vultos históricos vestem a fantasia para borrar o senso comum e provocar novas percepções no lugar da memória e da imaginação.

Em Mitologia Alagoana, ícones do presente e do passado são caracterizados como autênticos super-heróis de todos os tempos. Os consagrados Hermeto Pascoal e Jacinto Silva se tornam, respectivamente, O Coisa e o Tocha Humana; o historiador Abelardo Duarte vem com a força do Demolidor; a médica psiquiatra Nise da Silveira vira a Mulher Invisível, enquanto Deodoro da Fonseca ganha as feições de Thanos.

Entre as figuras contemporâneas, a jogadora Marta encarna versão feminina de Thor; a artista transgênero Danny Bond recebe o laço da Mulher Maravilha, o cantor Givly Simmons (Figueroas) sobe na prancha do Surfista Prateado; o jornalista Enio Lins aparece como o Visão, e PC Farias surge como o Rei do Crime.

E ainda tem os mitológicos Corisco como Wolverine, Moleque Namorador como Homem-Aranha e Zumbi dos Palmares na pele do Pantera Negra, entre outros.

Os quadros em papel Kraft (1m de altura por 70cm de largura) foram pintados com tinta acrílica e spray. A inspiração para elaborar as peças de Mitologia Alagoana pesca referências nos personagens clássicos da Marvel e DC Comics, mas também nos antológicos quadrinhos de autores aclamados, como Jack Kirby, Bob Kane (Batman) e Martin Nodell (Laterna Verde) em fusão com nomes contemporâneos da arte urbana, como o australiano Anthony Lister.

Uma vez reunido, o conjunto pretende lançar luz sobre o amor próprio do povo alagoano a partir da ressignificação bem-humorada de alguns dos principais protagonistas da cultura local.

Pocket show e visitação de alunos da rede pública

No dia do lançamento da exposição, Wado vai presentear os visitantes com um pocket show musical. Munido da voz e do violão, destilará sua faceta artística mais conhecida. No dia seguinte, ele receberá turmas com alunos da rede pública de ensino para visitas guiadas, com conteúdo relacionado tanto a detalhes da produção quanto ao histórico dos personagens homenageados nas telas. Além de audiodescrição permanente – sob narração da cantora Cris Braun –, a exposição contará com intérprete de libras e acessibilidade atitudinal na abertura e nas sessões com o artista.

“Conceitualmente, a exposição busca provocar a fruição de conhecimentos sobre figuras icônicas da história e da cultura local – nomes relevantes, com contribuições marcantes, que extrapolam as divisas do estado e as fronteiras do país, mas, muitas vezes, bem distantes do repertório e do imaginário popular, principalmente das novas gerações”, declara Wado.

Ao agrupar indivíduos com representatividade histórica e cultural tão ampla e diversificada e vesti-los como personagens consagrados pela linguagem dos quadrinhos e da cultura pop, a mostra provoca uma relação de intimidade com o público aproximando-o de sua própria história, numa tentativa de provocar a reflexão sobre conceitos como identidade, cidadania e autoestima.

Mitologia Alagoana é realizada com recurso da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, operacionalizado pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa. A exposição conta com o apoio cultural da Fundação Casa do Penedo.

Sobre o artista

Wado (47) é compositor, artista visual, jornalista, ilustrador e músico com treze discos lançados em 23 anos de carreira, com passagens por palcos brasileiros e internacionais. O artista tem audiência mensal no streaming superior a 50 mil ouvintes, além de músicas com mais de um milhão de plays em plataformas como Spotify.

Divulgação / Fernando Coelho

Wado

Como compositor, já teve faixas gravadas por Zeca Baleiro, Chico César, Maria Alcina, Marcelo Camelo e Marcos Valle, entre outros. Seu nono álbum, Ivete (2016), mergulhou no mundo do axé e se firmou entre os melhores do ano e chamando a atenção até mesmo da musa do ritmo baiano, responsável por nomear o CD.

Já nas artes visuais, o traço singular de Wado é marca que o acompanha desde a estreia com a exposição Experimento, em 2017. A carreira como compositor começou a dividir espaço com a de artista visual a partir do sucesso da mostra seguinte, Escamas, selecionada em edital do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na categoria Cessão de Espaço para exibição em Belo Horizonte e Brasília.

Na sequência vieram as exposições Euforia (2018), em parceria com Pedro Lucena; Fungos (2019); Semiáridos, em parceria com SerTão Encantado (2019), e Nuvem (2021) – esta última disponível para visitação virtual no site www.wado.com.br.

SERVIÇO

Abertura da exposição Mitologia Alagoana, de Wado

Quando: 24 de outubro, 19h.

Onde: Fundação Casa do Penedo – Av. Getúlio Vargas, 172 – Centro Histórico, Penedo – AL.

Visitação até 23 de novembro

Informações: (82) 98899-7323 / (82) 98802-8201

Fonte: Ascom Secult/AL

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