Jia Xin Teo, uma estudante de 22 anos, foi condenada à prisão perpétua, na última sexta-feira, pelo assassinato de sua filha recém-nascida, que foi colocada em uma caixa de cereal momentos após o parto e escondida em uma mala. Segundo o jornal inglês Daily Mail, o crime ocorreu no dia 6 de março e foi revelado depois que amigos da estudante encontraram manchas de sangue em seu apartamento em Coventry, na Inglaterra.
A decisão judicial foi anunciada na semana passada pelo Tribunal da Coroa de Warwick, que impôs uma pena mínima de 17 anos. A juíza Tipples afirmou que Jia planejou o assassinato após dar à luz em segredo e decidiu que ninguém saberia sobre a gravidez.
— Ao selar aquele saco plástico, você sabia que seu bebê morreria — declarou a juíza, apontando que a ré ocultou a gravidez intencionalmente desde que chegou ao Reino Unido para estudar na Universidade de Coventry.
Segundo o Crown Prosecution Service, a estudante escondeu a gravidez de amigos e familiares, incluindo o pai da criança. Em sua defesa, a ré negou o assassinato, mas afirmou ouvir vozes que a incentivavam a matar ou machucar a bebê – justificativa desconsiderada pela juíza.
Segundo o promotor David Mason, a bebê estava viva quando foi deixada na caixa.
— De acordo com o relato que ela deu à polícia, seu bebê definitivamente sobreviveu por pelo menos alguns minutos e ainda estava se mexendo quando ela colocou a menina na caixa e depois na bolsa — disse.
Ao júri, Mason também disse que quando os amigos dela entraram no quarto cheio de manchas de sangue, Jia se trancou no banheiro, mas acabou sendo convencida a sair. Os paramédicos, então, foram chamados, mas ela se recusou a ir ao hospital.
Um dos amigos pegou os pertences da mulher, que, “sem ela saber”, incluíam a mala vermelha contendo a menina.
Após ser convencida a ir ao hospital, a estudante negou aos médicos que havia dado à luz, mas foi confrontada pela polícia depois de um teste de gravidez positivo. A localização do corpo da recém-nascida só foi revelada pela mulher dois dias depois.
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Após o julgamento, o Serviço de Promotoria da Coroa criticou a conduta de Jia, afirmando que ela “teve a oportunidade de procurar ajuda, mas optou por manter a gravidez em segredo e deu à luz sozinha”.