O julgamento dos assassinos do auditor fiscal João de Assis, que tem início nesta quinta-feira, 31, no Fórum do Barro Duro, em Maceió, deve durar até amanhã, 1º, essa é a expectativa do juiz Geraldo Amorim, que preside o júri. Foram arroladas 34 testemunhas.
Segundo Amorim, o julgamento terá início com a oitiva das testemunhas de acusação, seguido dos depoimentos da defesa. Os réus devem ser ouvidos na tarde de hoje. O julgamento levou dezenas de pessoas ao tribunal, incluindo colegas de trabalho do auditor e familiares de João de Assis. Ontem, os amigos realizaram um ato público na Secretaria da Fazenda, exigindo a condenação dos assassinos.
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A viúva da vítima, Marta Maglhães Pinto, disse que a sociedade alagoana exige a condenação dos envolvidos. O salão do júri está lotado e há, ainda, uma grande aglomeração de pessoas do lado de fora, o que demonstra a comoção provocado pelo caso.
Caberá à promotora Adilza de Freitas e ao assistente Bruno Vasoncelos Barros a acusação. O Ministério Público pede a condenação dos reús pelos crimes de homicídios qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e fraude processual.
ASSASSINATO
O auditor fiscal foi morto e teve o corpo parcialmente carbonizado em um trecho da Avenida Cachoeira do Meirim, no Benedito Bentes, em 26 de agosto de 2022. A motivação teria sido o fato de João de Assis, durante o exercício da profissão, ter encontrado irregularidades no estabelecimento comercial, localizado no Tabuleiro do Martins.
Durante o desentendimento, o auditor fiscal entrou em luta corporal com os acusados e acabou caindo desacordado. Ainda conforme o processo, a vítima foi espancada, asfixiada, apedrejada e esfaqueada. Após o crime, os réus utilizaram gasolina e papelão para carbonizar o corpo da vítima em uma área de matagal.
Mesmo após o crime ter acontecido, os réus fecharam apenas uma parte do estabelecimento e continuaram atendendo clientes enquanto uma das acusadas, Maria Selma, limpava as manchas de sangue do local, com ajuda de um menor de idade.
Após as investigações policiais, os acusados foram identificados e presos. Agora eles passarão pelo Tribunal do Júri. São eles: os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva, e João Marcos Gomes de Araújo, além de Vinicius Ricardo de Araújo Silva, todos por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor.
Já Maria Selma Gomes Meira, mãe de Ronaldo, Ricardo e João, será julgada pelo crime de ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.