A Secretaria de Segurança Pública admitiu, no final da noite desta segunda, 11, que investiga a possibilidade dos sargentos José Ailton de Oliveira e Braulino Santos Santana terem sido mortos por colegas de farda. O caso ocorreu no fim de semana, em São José da Tapera, no sertão do Estado.
A versão inicial dava conta que os militares teriam sido assassinados enquanto estavam infiltrados, contudo, antes mesmo do posicionamento oficial, a imprensa local já apresentava a versão mais provável para o caso. A secretaria chegou a anunciar a prisão de dois suspeitos no crime.
Dupla suspeita em mortes de policiais no Sertão é presa, confirma SSP/AL
Em nota, a SSP informou que “no rumo das investigações, que indicavam que os criminosos estavam escondidos em uma chácara pertencente ao mandante do crime, na zona rural da cidade, militares do Pelotão de Operações Especiais) chegaram ao local, mas os suspeitos fugiram pelos fundos da residência e adentraram uma área de mata. Na busca, houve os disparos que atingiram fatalmente os sargentos Oliveira e Braulino, que estavam à paisana em um ponto estratégico da mata, na tentativa de prender os criminosos. Um dos militares morreu no local, enquanto o outro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Nenhum dos militares envolvidos nos disparos teve a identidade divulgada pelas forças de segurança. Também não foi esclarecido o porquê dos militares, que estavam em busca dos mesmos alvos, não saberem da existências das várias equipes no local.
As circunstâncias das mortes estão sendo investigadas pela Polícia Civil, e um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar os fatos. Os policiais militares envolvidos na operação foram afastados até a conclusão das investigações.
O 1º Sargento Oliveira, de 53 anos, natural de Palmeira dos Índios, ingressou na corporação em fevereiro de 1991. O 2º Sargento Braulino, de 48 anos, natural de Pão de Açúcar, fazia parte da turma que ingressou em agosto de 2006. Ambos pertenciam ao 7º BPM, em Santana do Ipanema.