O Instituto Beeva, em parceria com o Sebrae Alagoas e a Usina Caeté, anuncia o lançamento de um projeto inovador para promover o desenvolvimento sustentável por meio da apicultura no povoado da Palatéia, em Barra de São Miguel, Alagoas. Voltado para agricultores familiares e produtores rurais, o projeto visa melhorar a qualidade de vida da comunidade e, ao mesmo tempo, apoiar a conservação dos biomas locais, com destaque para a Caatinga e a Mata Atlântica.
Capacitação
Como parte do projeto, o Instituto Beeva organizou um curso intensivo, ministrado pelo renomado Professor Dr. Afonso Odério Nogueira Lima, especialista em apicultura sustentável com vasta experiência na área. O treinamento inicial, realizado entre os dias 14 e 18 de novembro, ofereceu aos participantes uma formação robusta e prática, adaptada às condições e necessidades da região. Foram 40 horas de aprendizado, divididas entre aulas teóricas e práticas em campo, capacitando 25 apicultores. Desse total, 25% das vagas
foram reservadas preferencialmente para mulheres, reforçando o compromisso do projeto com a inclusão e igualdade de oportunidades.
Soluções para os desafios dos apicultores locais
O projeto foi desenhado para enfrentar os principais desafios enfrentados pelos apicultores locais, como a falta de qualificação profissional, pouca orientação técnica e acesso limitado a tecnologias adequadas para extração e beneficiamento de mel. Além de abordar questões como o conhecimento da flora apícola e o uso de equipamentos padronizados, a capacitação também prepara os apicultores para a gestão eficiente e sustentável de apiários, visando aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos apícolas.
Depoimentos dos beneficiários
A formação, descrita como transformadora pelos participantes, gerou um impacto positivo imediato. Maria de Lourdes Paulino dos Santos, uma das apicultoras participantes, destacou: “O curso foi muito bom, uma experiência nova. De outros cursos que já fiz, não tem comparação, foi único! Mostrou novas atitudes e muita coisa importante mesmo.” Outro participante, Jurandi Gomes da Silva Filho, expressou: “Muita gente só chega lá no Povoado para sugar. Pega o própolis e vai embora. Ninguém nunca vem para agregar.
Desse nível que vocês trouxeram, nunca teve. Só tenho a agradecer.”
Apoio e impacto positivo a longo prazo
Além da capacitação inicial, os 25 apicultores receberão acompanhamento técnico e tecnológico ao longo de um ano. Esse suporte contínuo abrange orientações sobre captura de enxames, instalação de apiários e manejo sustentável. Esse acompanhamento é essencial para que os apicultores consolidem o aprendizado e alcancem uma produção mais eficiente e ecologicamente responsável, integrando ainda a apicultura com o setor sucroalcooleiro da região, uma proposta inovadora para diversificação econômica e conservação dos biomas locais.
Objetivos do projeto
O projeto visa:
● Capacitar apicultores com técnicas de manejo sustentável;
● Fornecer acompanhamento técnico ao longo do processo produtivo;
● Integrar a apicultura ao setor sucroalcooleiro de forma viável;
● Aumentar a produção e a qualidade dos produtos apícolas na região;
● Diversificar as atividades econômicas, promovendo a apicultura alinhada ao turismo
local.
Compromisso com o desenvolvimento sustentável
O Diretor Presidente do Instituto Beeva, Geraldo Gomes de Barros Neto, destacou a importância do projeto para a apicultura e a conservação ambiental no estado: “Esse projeto é um marco para a apicultura em Alagoas e reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização das comunidades locais. A parceria com o Sebrae Alagoas e a Usina Caeté nos permite enfrentar os desafios estruturais da apicultura no povoado da Palatéia, levando capacitação técnica que vai transformar a realidade dos apicultores da região. Nosso objetivo é que essa atividade gere renda e, ao mesmo tempo, contribua para a preservação da biodiversidade e o fortalecimento da cadeia produtiva local.”
Sobre o Instituto Beeva
O Instituto Beeva é uma organização alagoana comprometida com a preservação dos biomas brasileiros, especialmente a Caatinga e a Mata Atlântica. Com foco em projetos que unem conservação ambiental e desenvolvimento econômico, a instituição promove a apicultura como ferramenta de preservação da biodiversidade e geração de renda sustentável para as comunidades locais.
