Escritórios de advocacia demitem estagiários acusados de praticar atos racistas em jogos universitários

Os escritórios de advocacia Pinheiro Neto e Tortoro, Madureira & Ragazzi informaram nesta segunda-feira (18) que demitiram estagiários apontados por estudantes como alguns dos autores de ataques racistas e classistas contra alunos cotistas da Universidade de São Paulo (USP), que ocorreram durante jogos universitários no último sábado (16).

Os jovens são alunos de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O g1 tenta contato com a defesa deles.

Os dois foram identificados junto a outros três colegas por uma “força-tarefa” de estudantes, a partir de vídeos e fotos feitos durante uma partida de handebol masculino, realizada em Americana, no interior do estado.

Enquanto as equipes das duas instituições se enfrentavam, torcedores uniformizados da PUC gritavam frases de cunho pejorativo contra estudantes cotistas da USP. Ao mesmo tempo, faziam sinal de dinheiro com as mãos, se referindo à situação socioeconômica das vítimas.

Segundo uma estudante que presenciou a cena, os ataques foram dirigidos a um grupo de estudantes negros. Dentre as ofensas proferidas, os autores teriam dito frases como “cotista filho da p***”, “manda o Pix da esmola”.

Sobre o desligamento de uma das estudantes, o escritório Pinheiro Neto disse que “não tolera e repudia racismo ou qualquer outro tipo de preconceito”.

O escritório Tortoro, Madureira & Ragazzi afirmou que, inicialmente, determinou a suspensão de ourto estudante, dando cinco dias para o jovem se manifestar a respeito das acusações. Contudo, o rapaz compareceu à empresa nesta manhã e conversou com o coordenador responsável, na presença da equipe de Recursos Humanos. Ele teria admitido a participação nos atos discriminatórios e aberto mão do prazo de defesa, sendo demitido.

Dentre os outros alunos identificados nas imagens estariam uma estagiária do escritório Machado Meyer e um do Castro Barros Advogados.

Fonte: G1

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