“Toda vez que vou pra academia tiro foto? CLARO! Treinei, mereço meu clique, é meu suor que paga essa mensalidade”, provocou Evelyn Castro em seu Instagram, na última segunda-feira (18), publicando mais um vídeo de sua rotina de malhação. Integrante do “Caldeirão com Mion” e protagonista do filme “Caindo na real”, a atriz vem chamando atenção também nas redes sociais, nos últimos meses, por sua transformação física. Aos 43 anos, Evelyn afirma, em entrevista ao EXTRA, que está num momento de encontro consigo mesma.
— Essa mudança foi uma consequência de muitas coisas. Entre elas, o término de um relacionamento tóxico. Aliás, de muitas relações tóxicas que eu entendi ter tido na vida. Houve um processo de começar a me amar e me aceitar do jeito que eu sou, para depois passar a ter esse autocuidado. Mas em nenhum momento houve uma agressão comigo. Nunca pensei: “Olha como você está fora do padrão! Precisamos mudar isso”. Não! — garante ela.
Evelyn conta que o que desencadeou, de fato, esse desejo de mudança foi uma questão de saúde.
— Fiz um exame que indicou taxas fora do padrão. Isso, sim, estava bem fora do padrão. Eu tinha gordura visceral, o que é bem perigoso. Precisava cuidar de mim, não dava para ficar daquele jeito. Para completar, tenho hipotireoidismo de Hashimoto. Se eu não cuidar da voz e me disciplinar, fico rouca. Ou seja: eu precisava dar uma atenção maior à minha saúde.
A carioca afirma que sempre foi adepta dos exercícios físicos, e acha curioso quem tem se surpreendido com sua rotina saudável, exposta na internet.
— As pessoas te colocam em caixinhas: ou você é gorda ou você é magra. Ou você é fitness… É patético isso! Eu me tornei conhecida do público gorda, né? Agora eu escuto assim: “Ah, você mudou, está malhando”. Não, isso sempre aconteceu. Quem me conhece há anos sabe: eu sempre treinei. Musculação, principalmente, é uma paixão antiga. Eu posso brincar lá nas minhas redes, fazer piada do meu personal, mas eu amo treinar. Isso não é um sofrimento, eu sinto falta. Adoro puxar ferro, de verdade. Eu até queria, quem sabe, ser olímpica (gargalhadas). Mas não consigo pegar tanto peso quanto gostaria.
Quando deu à luz Juan, há dez anos, ela conta ter passado por um processo transformador:
— Uma mãe nasceu, uma mulher renasceu. Sofri uma mudança em muitas camadas. E hoje eu falo que a Evelyn aprendeu a se amar. Eu me amo. A revolução na minha vida foi o amor por mim mesma. E a partir desse momento eu me cuido. O que eu quero é ficar viva. Uma pessoa que tem uma doença rara precisa tomar um remédio para viver. Eu preciso treinar para fortalecer meus músculos, meus ossos, porque quero me manter viva da melhor forma possível. Para não chegar lá na frente e dar trabalho para uma das pessoas que eu mais amo, que é meu filho. Eu estou falando de longevidade. Eu estou falando de vida.
Paralelamente à rotina na academia, levantando peso, ela reeducou a alimentação:
— Continuo comendo meu hambúrguer. Se eu tiver que tomar a minha cerveja, eu tomo. Tive, sim, que passar por uma dieta, e eu odeio falar essa palavra. É terrível, muito difícil. Mas já passei por isso e hoje eu mantenho um equilíbrio.
Falar sobre emagrecimento é assunto delicado, diz Evelyn, porque ela não admite aceitar o que é definido como padrão.
— Acabou isso, né, gente? Magreza não é sinônimo de “nossa, tá linda”. Parem, isso me irrita profundamente. Então eu não estava linda antes? Como é isso? Acaba sendo uma ofensa. Isso já me tirou trabalhos, me fez me sentir mal, me excluiu e continua excluindo pessoas. E tudo o que exclui não me interessa. Acho que a gente tem que ser feliz e fazer o que pode e consegue entregar naquele momento. Isso serve para todos os setores da nossa vida: parar de se cobrar, parar de se culpar e viver o que tem pra hoje. Porque a cada manhã que a gente acorda é um dia a mais para viver, mas também é um dia menos. Então, que a gente consiga aproveitar ao máximo.