A Justiça realiza, na manhã desta sexta-feira (22), a audiência de instrução sobre o homicídio de Silvana de Moraes Amorim, de 44 anos. O crime ocorreu em maio deste ano, na porta da casa da irmã, no bairro Jacintinho, em Maceió, e gerou grande comoção pela brutalidade e pelas circunstâncias que o cercam.
A sessão será conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, na 9ª Vara Criminal da Capital. O objetivo é ouvir testemunhas e partes envolvidas no processo, além de definir os próximos passos do julgamento. A expectativa é de que novos desdobramentos possam surgir a partir dos relatos apresentados em juízo.
ACUSADO É EX-CUNHADO DA VÍTIMA
O principal suspeito do crime é o ex-cunhado de Silvana, um homem de 56 anos. De acordo com a família da vítima, ele teria sido o mandante dos disparos, motivado pelo término do relacionamento com a irmã de Silvana. No entanto, essa informação ainda não foi confirmada pelas autoridades policiais.
Relatos indicam que o homem fazia ameaças constantes contra a ex-companheira e seus familiares. Silvana, que ajudava a irmã a se afastar do relacionamento abusivo, acabou sendo atingida por pelo menos cinco disparos de arma de fogo, que acertaram a cabeça, pescoço, braço e tórax. A tragédia aconteceu na porta da casa da irmã, no dia 23 de maio.
O Instituto de Criminalística confirmou a morte da vítima ainda no local, e o corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).
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HISTÓRICO CRIMINAL
Além de ser apontado como mandante do homicídio, o acusado já possui antecedentes criminais. Em 2019, foi preso em flagrante por agiotagem, após ser encontrado com 48 cartões de terceiros enquanto realizava saques em uma agência bancária na Pitanguinha, em Maceió. Na abordagem, policiais apreenderam R$ 4 mil em espécie com ele e outros R$ 33.609 no veículo usado para o crime.
A denúncia do MPE, apresentada em 2020, relata que a polícia chegou ao local após receber informações de que dois homens realizavam saques irregulares na agência. O acusado foi abordado junto com outro suspeito, sendo identificado como autor do crime descrito no artigo 4º, alínea “a”, da Lei nº 1.512/1951, conhecida de forma popular como ‘agiotagem’. O material encontrado foi apreendido, e o caso deu início a um processo judicial contra o acusado.