O Flamengo entrou em campo contra o Fortaleza ainda com uma possibilidade pequena de título. Com o empate no Castelão (0 a 0) e a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras, o rubro-negro agora não tem mais chances matemáticas. O novo cenário, contudo, não muda os planos do técnico Filipe Luís. Sem antecipar as férias do elenco, o treinador afirma já pensar na escalação do jogo contra o Internacional, domingo, no Maracanã. Motivar os jogadores para o duelo, segundo ele, não será necessário.
– Sinceramente, não penso no ano que vem. A única coisa do ano que vem é preparar a pré-temporada. Mas isso é outra história. Eu penso no jogo do Inter. A partir de hoje, no avião, já vou começar a olhar o jogo do Inter. Jogamos contra eles (no Beira-Rio), foi um grande jogo, um adversário que está, se não me engano, há 15 jogos sem perder. É a única coisa que me interessa, que está no meu controle. Motivar os jogadores é fácil, porque eles estão com a camisa do Flamengo. Eles mesmo se motivam. O compromisso dos jogadores hoje foi o melhor possível – afirmou o técnico após o jogo no Castelão.
O Flamengo é o quinto colocado no Brasileiro, com 63 pontos. Está a 10 do líder Botafogo. E restam apenas três rodadas para o fim do torneio. Depois do Inter, no domingo, o time visita o Criciúma e encerra sua participação recebendo o Vitória, no Maracanã. Em seguida, os jogadores ganham férias.
– Vamos para ganhar do Inter. E depois vamos para ganhar do Criciúma e do Vitória. A única forma que eu entendo da vida é isso, tentando ganhar do próximo adversário que venha pela frente. E não pensar, por exemplo, em já testar um time para o ano que vem. Eu tenho que colocar os melhores, eu tenho que colocar os que estão treinando melhor ou que eu acredito que são os melhores.
Em relação ao empate, Filipe Luís lamentou o resultado, mas valorizou o ponto levado para o Rio contra um time que também briga na parte de cima da tabela. O técnico, contudo, subiu o tom ao falar da atuação do árbitro Anderson Daronco.
– Adoro o Daronco, mas hoje ele fez uma arbitragem de árbitro do Campeonato Brasileiro de 1990. Apitou perigo de falta. E não tem nada que me irrita mais do que um juiz que apita perigo de falta. Que apita 40 faltas que não foram e que trava o jogo. Isso me destrói, mata o campeonato – disparou o treinador, que considera o recuo na marcação do pênalti, no primeiro tempo, um erro.
Se tem dúvida no VAR, tem que permanecer a decisão de campo. Acabou. Intervenção mínima. Essas duas coisas me irritaram hoje.