O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), refutou à CNN a possibilidade de saída de Guilherme Derrite do comando da Secretaria de Segurança Pública.
Partidos de oposição têm defendido que o auxiliar estadual deixe a pasta após episódios graves de violência policial.
“Temos ações a tomar, sem dúvida. Mas não é esse o caminho”, afirmou.
O governo de São Paulo deu início a um esforço concentrado para tentar evitar novas ocorrências.
Nos últimos dias, um homem foi jogado de uma ponte por PMs e outro foi morto por um policial à paisana após roubar sabão em pó.
Os dois casos causaram comoção pública e aumentaram a pressão sobre o governo de São Paulo sobre respostas rápidas.
Tarcísio afirma que a busca é por ajustes e “profunda reflexão sobre o que não está dando certo”.
“Mas não é rifa de ninguém que resolverá. Na adversidade, temos que procurar juntar. Não espalhar”, ressaltou.
Tarcísio disse ainda que “o momento requer humildade, análise, planejamento e ação”.
“Não [cabe] pirotecnia ou ações atabalhoadas. Então, temos que colocar a bola no chão primeiro”, afirmou.
O governador voltou a dizer que a gestão estadual não irá tolerar desvios. E ressaltou que os casos recentes devem se tornar exemplos para não serem repetidos.
“A reflexão é sobre como evitar. O que está sendo interpretado de forma equivocada no respaldo que se dá ao combate ao crime? Como a corregedoria está atuando?”, questionou.
Câmeras corporais
À CNN, Tarcisio também avaliou a questão das câmeras corporais nas fardas policiais. Disse que pretende comprar mais unidades. “Nós compramos 12 mil. Quero chegar a 15 mil rapidamente”, afirmou.