A representação da Polícia Federal (PF) do Brasil na França localizou a bagagem do fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris desde o último dia 26, Flávio de Castro Sousa.
As malas foram abertas e vistoriadas por policiais, por representantes da embaixada e por conhecidos de Flávio nesta terça-feira (3), mas, de acordo com a PF, nenhum elemento que pudesse contribuir com as buscas foi identificado.
A pedido do órgão, o nome de Flávio foi incluído na Lista Amarela de desaparecidos da Interpol, um alerta internacional emitido para facilitar a cooperação entre polícias de diferentes países e, assim, auxiliar na localização.
Segundo amigos e familiares de Flávio, o celular e o notebook dele também foram encontrados, mas não foi possível desbloquear os equipamentos, que serão enviados para serem vistoriados no Brasil.
O brasileiro foi visto pela última vez em um apartamento de aluguel por temporada em Paris, na França.
Na segunda-feira (2), a polícia francesa fez buscas em necrotérios e hospitais. Amigos e familiares se mobilizaram para conseguir mais informações e descobrir o paradeiro de Flávio.
Citação na reunião do Senado
Na sessão plenária do Senado desta terça (3), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou a atenção para o desaparecimento de Flávio e informou que empenhou a diretoria de Relações Exteriores do Senado Federal para tratar do caso.
“A diretoria de Relações Exteriores do Senado Federal fez os contatos devidos com o Itamaraty e com o Consulado Geral do Brasil na França para que tenhamos maiores e melhores informações a respeito desse desaparecimento. Em nome do Parlamento Brasileiro, peço o engajamento das autoridades francesas para que possam esclarecer esse acontecimento e, Deus queira, encontrá-lo bem”, disse Rodrigo Pacheco, em reunião do plenário.
Morador de Belo Horizonte, Flávio de Castro Souza chegou à capital francesa no início do mês passado e tinha uma passagem de volta ao Brasil para a mesma data em que sumiu. O fotógrafo vai com frequência ao país europeu a trabalho.
O mineiro é formado em artes plásticas pela Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e sócio da empresa Toujours Fotografia junto a Lucien Esteban.