Mauro Cid chega à sede da PF para novo depoimento

Militar, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, já foi ouvido mais de 10 vezes nas apurações sobre o governo passado. Cid e ex-presidente foram indiciados por trama golpista.

O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou à sede da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (5) para novo depoimento.

Jornal Nacional/ Reprodução

Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, durante CPI dos Atos Golpistas

A intimação para novo depoimento é assinada pelo delegado Fábio Shor, responsável por investigações que envolvem o ex-presidente. O ato não diz em qual dos procedimentos investigatórios o militar do Exército é ouvido.

Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado.

Mauro Cid— , que chegou a ser preso mas foi solto após fechar um acordo de delação premiada, também conhecida como colaboração premiada.

A delação é um acordo feito entre uma pessoa investigada por crimes, o Ministério Público e a PF. De um lado, as autoridades podem obter informações úteis para a solução do caso; de outro, o investigado pode garantir benefícios no processo penal e na condenação.

O ex-ajudante de ordens foi peça central nas apurações que levaram a Polícia Federal a indiciar as 37 pessoas por suposta tentativa de golpe.

Esse inquérito já foi encaminhado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a Procuradoria-Geral da República, a quem cabe o oferecimento de denúncias contra os indiciados.

Além dessa investigação, outras estão em curso na Polícia Federal e, como colaborador, Mauro Cid tem que prestar esclarecimentos quando for intimado.

Depoimento no STF

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deixando o Supremo após depoimento em novembro. — Foto: Fellipe Sampaio/STF/ReutersMauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deixando o Supremo após depoimento em novembro. — Foto: Fellipe Sampaio/STF/Reuters

Em 21 de novembro, Cid foi ouvido no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma audiência sobre seu acordo de delação premiada.

Cid prestou esclarecimentos depois de um relatório da Polícia Federal apontar omissões e contradições entre seu depoimento em 19 de novembro e as descobertas dos investigadores sobre um plano para matar autoridades em 2022.

À PF, Cid afirmou que desconhecia a trama para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, as apurações sobre os preparativos surgiram a partir de conversas encontradas em seu celular.

Fonte: g1

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