Polícia mira estelionatários que se passavam por Dorival Júnior, ex-jogadores e ex-técnicos para aplicar golpe

Golpistas usavam a tecnologia para burlar áudios com a voz de pessoas ligadas ao meio de futebol e pedir dinheiro para projetos sociais e em prol das vítimas das enchentes no Sul.

Confederação Brasileira de Futebol

Dorival 

A Polícia Civil iniciou, nesta quinta-feira (12), uma operação em Itaperuna para investigar um grupo de estelionatários que se passava pelo técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, e outros ex-atletas, em um aplicativo de mensagem para dar golpes em jogadores de futebol.

Segundo a polícia, os golpistas usavam a tecnologia para burlar áudios com a voz de pessoas ligadas ao meio de futebol e pedir dinheiro para projetos sociais e em prol das vítimas das enchentes no Sul.

A Operação Mascarado cumpre 3 mandados de busca e apreensão em 7 endereços na cidade do Norte Fluminense.

“As buscas realizadas hoje visam apreender materiais em seu poder e na casa de outras pessoas investigadas, com o intuito de esclarecer todos os detalhes deste esquema criminoso”, diz a nota da polícia.

A polícia investiga como os áudios do técnico foram criados. Há suspeitas que os investigados possam ter editado entrevistas ou usado Inteligência Artificial para criar os áudios.

A quadrilha age desde 2022 e já se passou pelo ex-jogador Elias Mendes Trindades.

Segundo a investigação, os bandidos usaram uma foto do ex-atleta num perfil falso no WhatsApp para pedir a outros jogadores, ex-jogadores e técnicos uma doação para ajudar a salvar uma criança que tinha uma doença rara.

A quadrilha também pedia que a vítima gravasse um vídeo encorajando outras pessoas a fazerem doações.

Ao menos dois jogadores foram enganados e fizeram transferências para os golpistas, entre eles, Oscar, que já jogou na seleção brasileira. Pelas contas deles, os policiais conseguiram chegar à quadrilha.

Para ganhar a confiança das vítimas, o grupo enviou um áudio com a voz de Dorival Júnior pedindo doações para as vítimas das chuvas da região Sul do país.

O chefe da quadrilha, segundo a polícia, seria Lucas de Oliveira Eduardo, que já foi investigado por estelionato. Natural de Minas Gerais, ele mora em Itaperuna.

A Operação Mascarado tem a participação de agentes da 19ª DP (Tijuca), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), da 143ª DP (Itaperuna) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI).

 

 

Fonte: g1

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