Sete crianças são resgatadas de situação de abandono em lar abusivo; vídeos

 

A Defensoria Pública de Alagoas entrou com pedido de destituição do poder familiar e resgatou sete crianças entre seis e 12 anos vítimas de violência física, psicológica e de negligência. O pedido foi formulado pelo defensor João Augusto Sinhorin, de Branquinha.

Segundo relatório apresentado pela Defensoria, a partir de denúncias e depoimentos coletados junto ao Conselho Tutelar de Branquinha, professores e profissionais de saúde, foi constatado que as crianças viviam em um ambiente insalubre e com alimentação inadequada, além de faltarem frequentemente à escola. Algumas foram vistas em locais impróprios e na companhia de usuários de drogas.

Além disso, a mãe e o pai/padrasto negaram cuidados médicos essenciais aos filhos. Um dos menores, por exemplo, sofre com um abscesso dental há mais de três meses. Profissionais de saúde relataram que a mãe recusou atendimento odontológico, medicamentos e até a internação hospitalar do menino. Também foram registrados relatos de violência doméstica e exposição das crianças a relacionamentos inadequados, como o envolvimento de uma das meninas com um homem adulto.

A Defensoria acionou a Justiça e obteve decisão que determinou o afastamento imediato das crianças do ambiente familiar, com a proibição de contato com os pais pelo período mínimo de 60 dias. A medida visa garantir a integridade física e emocional das crianças enquanto elas são acolhidas em instituição adequada. Todas serão cadastradas no Sistema Nacional de Acolhidos do Conselho Nacional de Justiça.

A decisão judicial também determinou a apreensão dos documentos pessoais das crianças para garantir o acesso a serviços básicos e de saúde.

 

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