Sidônio Palmeira assumirá Secom da Presidência; Pimenta confirma que deixará o cargo

O publicitário Sidônio Palmeira confirmou ao blog nesta terça-feira (7) que assumirá o cargo de ministro da a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo. A troca na chefia da pasta foi confirmada pelo atual ministro, Paulo Pimenta, que comandou a Secom nos últimos dois anos.

Ricardo Stuckert / PR

Lula e Sidônio Palmeira

A Secom é responsável, entre outras funções, por formular e implementar a política de comunicação e de divulgação das ações e dos programas do governo federal, além de cuidar da publicidade e do relacionamento com a imprensa.

Sidônio foi o marqueteiro de Lula na campanha presidencial de 2022, quando petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL). A previsão é que Paulo Pimenta (PT-RS) deixe o cargo ainda nesta semana.

Os dois desafios imediatos do futuro ministro no cargo serão mostrar que o governo joga junto e aumentar a percepção positiva das ações do governo.

Mais cedo, Sidônio e Pimenta se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, para tratar da transição. Segundo o ministro, a mudança na pasta sinaliza uma “nova fase do governo”.

“O presidente quer ter a frente da Secom uma pessoa que tenha um perfil diferente do perfil que eu tenho. Um profissional de comunicação, uma pessoa que tenha experiência, que tenha talento, a criatividade, a capacidade de poder exercer essa tarefa e poder coordenar essa política de comunicação do governo no próximo período”, declarou Pimenta à imprensa.

 

Segundo assessores próximos ao presidente, o destino de Paulo Pimenta ainda é incerto. Neste momento, o mais provável é que ele volte para a Câmara. Pimenta pode ainda assumir uma liderança.

Câmara dos Deputados

Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta

‘Mudanças necessárias’

Ainda em dezembro, Lula afirmou que desejava “fazer as correções necessárias” para melhorar a comunicação do governo. O presidente se queixa do predomínio da direita nas redes sociais e entende que as ações da sua gestão não chegam de forma adequada até a população.

No meio do terceiro mandato presidencial, Lula deseja melhorar a aprovação da sua administração. Segundo pesquisas Datafolha e Quaest, cerca de um terço dos entrevistados têm avaliação positiva sobre o governo.

O movimento é o primeiro ato de uma série de mudanças no ministério de Lula, que deve fazer novas trocas depois da eleição das mesas na Câmara e Senado, no início de fevereiro.

Os ajustes devem dar mais espaço a aliados com vistas a melhoria da base aliada no Congresso e também com olhos em 2026, ano em que Lula quer tentar a reeleição.

A antecipação da troca na comunicação se dá por um uma leitura de que o governo não consegue comunicar bem seus feitos, em especial na economia.

Marqueteiro de Lula

Especialista em marketing político, Sidônio atua há mais de três décadas no meio publicitário. Construiu a carreira na Bahia, onde foi o responsável por campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo estadual.

Em 2022, Sidônio assumiu o posto de marqueteiro de Lula na pré-campanha. Após a posse do presidente, ele manteve o contato com o petista. Sidônio era visto com frequência no Palácio do Planalto e dava suas opiniões sobre ações do governo.

Nos últimos meses, o marqueteiro ampliou a presença em Brasília. Antes de ser anunciado ministro, participou do pronunciamento do pacote de corte de gastos, feito pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) e da reunião ministerial de fim de ano que Lula fez no Palácio da Alvorada.

Fonte: g1

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