Cirurgias plásticas aumentam de 30% a 50% durante o verão

Alagoas24horasAndressa Urach confirmou uso do hidrogel ainda em julho do ano passado

Andressa Urach confirmou uso do hidrogel ainda em julho do ano passado

Com a chegada do verão, há um aumento considerável no número de cirurgias plásticas realizadas em todo o Brasil. O procedimento, normalmente feito por mulheres em busca de uma melhora na autoestima, pode ocasionar uma série de complicações para a saúde. Isso é o que alerta o presidente regional em Alagoas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, doutor André de Mendonça.

De acordo com o cirurgião plástico, há um aumento de 30% a 50% no número de pessoas que buscam as clínicas para realizar o procedimento. Entre as cirurgias mais comuns, estão as de mama e as lipoaspirações.

“Trabalho há quase 12 anos e noto o aumento no número de pessoas que buscam as cirurgias principalmente nessa época do ano… O que tem que ser feito, antes de tudo, é buscar primeiro um cirurgião plástico que tenha a especialidade adequada”, avisa o profissional.

Para isso, o interessado que busca informação deve primeiro acessar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (veja abaixo). “As pessoas não podem se deixar levar por propagandas milagrosas. Por exemplo, há profissionais que dizem que as cirurgias não deixam marcas. Isso não existe. Não tem cirurgia que não deixe cicatriz. Ela pode ficar mais amena e menos visível com o tempo, mas deixa sim”, alerta.

Segundo André Mendonça, somente o cirurgião plástico tem o poder de vetar determinado procedimento ao analisar o estado físico e mental do paciente. “Ele vai explicar ainda os riscos e indicar se pode ou não ser feito”, complementa.

Andressa Urach

Entre os casos mais recentes e polêmicos registrados sobre o assunto, a modelo e apresentadora Andressa Urach, de 27 anos, utilizou uma substância para preenchimento de suas coxas e glúteos.

O material, conhecido como hidrogel, causou uma série de infecções na perna da modelo. “A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não recomenda essa substância para esse fim, principalmente a quantidade e o volume que foi aplicado”, diz o médico.

Para André Mendonça, outros métodos poderiam ser aplicados no caso de Urach e estes não seriam agressivos. “Não sei que tipo de profissional acompanhou ela, mas existem outros métodos que poderiam ser feitos. O hidrogel é um material semipermanente e ainda hoje pode trazer consequências para a saúde dela”, alerta.

A modelo estava internada com um quadro de infecção e paralisia dos rins. Segundo os médicos que atenderam a jovem, bactérias teriam entrado na corrente sanguínea da modelo e agravado o seu estado de saúde.

De acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2013 o Brasil foi o país que mais realizou procedimentos estéticos. Ao todo foram mais de 1, 49 milhão de cirurgias sendo 12,9% do total. O segundo colado ficou com os Estados Unidos (12,5%), seguido do México com 4,2%.

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